O pico da chuva de meteoros Perseidas ocorreu na madrugada e no amanhecer de domingo (13). No Litoral Norte, o fotógrafo e caçador de tempestades Gabriel Zaparolli registrou o fenômeno a partir de Torres. Os vídeos foram captados por duas câmeras, uma delas operada pelo profissional, durante uma transmissão ao vivo, e a outra de sua estação de monitoramento.
Apesar do momento de maior atividade ter ocorrido nesse fim de semana, quando a visualização é mais fácil, a chuva, que começou em julho, ainda segue até 24 agosto.
De acordo com o Observatório Nacional, esse fenômeno resulta da passagem do planeta Terra pela região do espaço onde estão os detritos deixados pelo cometa 109P/Swift-Tuttle, que dá uma volta em torno do Sol a cada 133 anos e que entrou pela última vez na parte interna do Sistema Solar em 1992.
Veja o vídeo
Essa chuva de meteoros favorece os observadores do Hemisfério Norte. Em seu pico, os observadores podem esperar ver de 50 a 75 meteoros por hora, nas condições ideais. No entanto, no hemisfério sul essa observação é mais limitada.
Mesmo assim, na semana passada, antes do pico, o Observatório Heller & Jung, localizado em Taquara, no Vale do Paranhana já havia registrado meteoros da chuva Perseidas. A imagem abaixo é uma sobreposição as imagens captadas entre os dias 09 e 10 de agosto.
O que são chuvas de meteoros?
As chuvas de meteoros são fenômenos dos mais apreciados pelos amantes da Astronomia. Os meteoros são fenômenos luminosos atmosféricos devido a entrada de meteoroides em altíssima velocidade na atmosfera da Terra. Os meteoroides são fragmentos de cometas ou de asteroides que ficam à deriva no espaço.
Conforme a rocha espacial cai em direção à Terra, a resistência do ar, atuando no meteoroide, ocasiona a ablação, formando um “rastro” brilhante.
Quando a Terra encontra muitos meteoroides ao mesmo tempo, temos uma chuva de meteoros. Esse fenômeno acontece quando nosso planeta passa pelas zonas de detritos deixadas pelos cometas.
Os meteoroides são geralmente pequenos, desde partículas de poeira até pedregulhos. Eles quase sempre são pequenos o suficiente para queimar rapidamente na atmosfera.