As unidades de atendimento para Covid-19 de Imbé e Tramandaí registraram aumento expressivo no uso de oxigênio nos últimos dias. A demanda cresceu por causa do maior número de atendimentos e também pelo crescimento da quantidade pacientes internados nesses postos de saúde, aguardando transferência para hospitais.
No Pronto Atendimento de Santa Terezinha, em Imbé, o volume de oxigênio consumido mais do que triplicou. De acordo com o secretário municipal da Saúde, Tierres da Rosa, nos últimos sete dias, foram usados 18 cilindros, antes e média era de cinco por semana.
Na madrugada de terça-feira (23), uma equipe da Prefeitura foi até a empresa que comercializa o produto, em Canoas, para buscar mais cilindros e garantir que não faltasse oxigênio para os pacientes. A distribuidora entregava os cilindros duas vezes por semana.
“Não deu conta de fechar o terceiro dia (até a nova entrega). A gente teve que pedir (oxigênio) emprestado da UPA e do Hospital de Tramandaí, mesmo assim não foi suficiente. Tivemos que recolher todos os cilindros que havia nas unidades básicas de saúde e ainda ir à Canoas, no depósito da empresa buscar mais para não correr o risco de faltar”, relatou o secretário.
A média de atendimento diários no posto de saúde é de 160 nos últimos dias. Antes do avanço da pandemia, eram entre 50 e 60 atendimentos diários. Segundo o secretário, o abastecimento de oxigênio está garantido.
Na UBS Litoral, referência para Covid, em Tramandaí, o uso de oxigênio pelos pacientes dobrou na última semana. De acordo com o secretário municipal da Saúde, Luciano Saltiel, uma nova carga chegou nessa terça-feira. E a compra do produto foi ampliada. “Devemos manter com as duas remessas semanais que já tínhamos e mais duas extras”, informou.