Torres e Imbé confirmam primeiros casos de dengue do Litoral em 2023

Combate aos focos do mosquito Aedes aegypti é fundamental para frear a doença

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Mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Imagem meramente ilustrativa

O Litoral Norte do Rio Grande do Sul tem dois casos de dengue confirmados em 2023. Os diagnósticos são de Torres e Imbé. Os registros reforçam a necessidade de que sejam adotadas, por toda a população, medidas para evitar novas contaminações, especialmente eliminando pontos com água parada.

Em Torres, o caso é considerado importado. O paciente é um homem, morador do bairro Stan, que viajou para o Paraná nas últimas semanas, conforme informações divulgadas pela prefeitura.

A equipe da Vigilância Ambiental atua nos arredores da residência do paciente vistoriando os pátios para eliminar os focos e informando os moradores do caso e riscos.

Desde janeiro, já foram identificados mais de 250 focos do mosquito Aedes aegypti no município. Segundo a prefeitura, 50 deles estavam no lado leste da Vila São João, em residências e terrenos baldios.

Outros bairros com mais registros de focos do mosquito são Centro, Getúlio Vargas, Jardim Eldorado (Curtume), Igra Sul e Igra Norte. No município, 95% dos criadouros são localizados nos pátios das residências.

Em Imbé, uma mulher de 54 anos, moradora do balneário Harmonia, é o primeiro caso de dengue confirmado neste ano. A paciente é hipertensa e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 08 de março. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi notificada pela área epidemiológica da cidade de São Leopoldo, onde o caso foi diagnosticado. A mulher retornou a Imbé, onde é acompanhada com visitas domiciliares e passa bem.

Além deste caso, a Vigilância Epidemiológica do município acompanha um outro caso suspeito já notificado no balneário Nordeste, cuja confirmação aguarda resultado de exame, e outros casos identificados pelos agentes de combate a endemias e que ainda estão em processo de monitoramento.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental, Halina Borba, um atomizador costal, adquirido pelo governo municipal no final do ano passado, está sendo usado para eliminação das larvas em áreas próximas às residências onde estão os casos suspeitos e o confirmado, impedindo que o ciclo do mosquito seja concluído. O larvicida utilizado é biológico e não apresenta riscos ao meio ambiente.

A secretária de Saúde Magda Dörr, contudo, reforça o pedido para que a população realize cuidados preventivos, como manter os pratos de vasos de flores e plantas com areia, guardar garrafas com a boca virada para baixo, colocar o lixo sempre em sacos fechados e manter baldes, caixas d´água e piscinas sempre tampados, buscando eliminar os focos de água parada.

O sistema da Secretaria Estadual da Saúde indica ainda um terceiro caso confirmado na região, de um morador de Mostardas. A secretária de Saúde do município, Diuly de Farias da Silva, informou ao Litoral na Rede que o paciente estava fora da cidade quando houve o diagnóstico e que a informação já foi encaminhada à 18ª Coordenadoria Regional de Saúde.

“O paciente reside no território Mostardense, porém se encontrava no município de Passo Fundo, no qual ele se desloca três vezes ao ano por motivo de trabalho. Já estava há 20 dias no município de Passo Fundo quando começaram os sintomas. Nossa vigilância já esteve no endereço do paciente e não constatou nenhum foco, sendo assim não é um caso positivo em Mostardas”, disse a secretária.

A 18ª CRS informou que o registro consta como caso importado.

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