Secretaria da Saúde confirma mais duas mortes por dengue no Estado

Litoral Norte ainda não registrou internações ou óbitos causados pela doença.

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Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya – Foto: Divulgação/SES

Com mais dois óbitos confirmados, ambos residentes no município de Novo Hamburgo, a Secretaria da Saúde (SES) atualizou nesta sexta-feira (17) para 56 o número de mortes por dengue neste ano no Estado. Os casos confirmados (entre autóctones, ocorridos dentro do RS, e importados) já passam dos 43 mil.

Conforme os números mais recentes do painel de casos de dengue do Estado, nenhum óbito foi registrado entre os 23 municípios do Litoral Norte neste ano. A região também não possui internações registradas em 2022. A incidência de casos está em 68,7 para cada 100 mil habitantes. Imbé aparece com 244,9 notificações por 100 mil habitantes, maior índice da região. São 35 casos confirmados e outros 17 em investigação.

Tanto em relação aos óbitos quanto aos casos, os registros de 2022 são os maiores já computados na série histórica da dengue no RS. Ano passado encerrou com 10 mil casos e 11 óbitos, enquanto em 2020 foram três mil casos e três óbitos. Antes desses, os únicos anos com óbitos por dengue no Estado foram em 2015 e 2016, com duas e uma morte, respectivamente.

Entre as faixas etárias mais suscetíveis para óbito neste ano estão os idosos, que representam 79% do total das ocorrências. Entre os 56 óbitos já confirmados, seis foram de pessoas dos 60 aos 69 anos, 18 de idosos na faixa de 70 a 79 anos e 20 tinham 80 anos ou mais.

Confira os maiores índices de incidência de notificação de dengue nos municípios do Litoral Norte:

Imbé – 244,9

Capão da Canoa – 153,6

Xangri-lá – 95,4

Caraá – 83,8

Três Forquilhas – 74,9

Maquiné – 74,8

Tramandaí – 72,2

Palmares do Sul – 53,0

Torres – 48,6

Santo Antônio da Patrulha – 37,1

Osório – 36,6

Três Cachoeiras – 27,0

Balneário Pinhal – 20,9

Cidreira – 12,1

Arroio do Sal – 9,7

Mostardas – 7,8

Sobre a dengue

A dengue é uma doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (maior que 38°C) de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.

Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

A SES alerta que a prevenção deve ser feita eliminando locais com água parada, onde o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz.

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