Prefeito do Litoral reage a projeto de pedágio para entrar em Porto Alegre

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O projeto fixa a cobrança de tarifa no valor igual à passagem de ônibus de Porto Alegre (hoje de R$ 4,70). Foto: Cesar Lopes/PMPA

O prefeito de Maquiné divulgou em suas redes sociais uma carta aberta ao prefeito de Porto Alegre manifestando contrariedade ao projeto de lei que estabelece uma espécie de pedágio na capital gaúcha. João Marcos Bassani dos Santos afirmou que, caso a taxa seja implementada, apresentará será apresentada uma matéria semelhante para cobrar dos carros de Porto Alegre.

Na publicação, que teve grande repercussão, ele ainda ressalta que seria chamada a “Lei do Retorno”, pois “o que vale para Chico, vale para Francisco”.

A proposta criticada pelo prefeito de Maquiné está em tramitação na votação na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. O projeto prevê a cobrança de uma “taxa de congestionamento”, estabelecendo uma tarifa de valor igual à passagem de ônibus (hoje de R$ 4,70) para automóveis emplacados fora da capital gaúcha que ingressarem pelas vias e nos horários a serem especificados em decreto.

Em entrevista ao Litoral na Rede, o prefeito de Maquiné disse que não tem nada contra os porto-alegrenses, “mas o que vale para nós, vale para eles”.

“É muito injusto. Levamos nossos pacientes, nossos produtos para a região”, destacou João Marcos Bassani dos Santos. “Quem abastece o porto-alegrense é o interior. E nós vamos pagar mais para o porto-alegrense se alimentar?”

O prefeito acredita que a proposta, que ele classifica como “descabida”, terá muita dificuldade para ser aprovada em Porto Alegre. Segundo ele, a Associação dos Municípios do Litoral Norte também deve se manifestar sobre o assunto nos próximos dias.

“Não tenho muito receio em me posicionar. Se é para ser político e ficar neutro, nem entro. Eu tenho minha opinião. Essa é a minha opinião”, concluiu.

De acordo com o projeto de lei que está nas mãos dos vereadores de Porto Alegre, a taxa não seria cobrada nos sábados, domingos e feriados. Os objetivos da tarifa de congestionamento seriam a “melhora na fluidez do tráfego urbano, evitando excessivos engarrafamentos; o custeio e as melhorias no transporte coletivo municipal; e a elevação na qualidade do ar e efetivação do desenvolvimento sustentável”.

A matéria apresentada pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior prevê que os “recursos com a cobrança da tarifa de congestionamento serão destinados exclusivamente ao custeio do transporte coletivo municipal”.

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