Operação contra facção criminosa tem presos em dois municípios do Litoral Norte

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Duas pessoas foram presas no Litoral Norte. Foto: Polícia Civil

Duas pessoas foram presas preventivamente no Litoral Norte na Operação Omertà, deflagrada nesta sexta-feira (07) pela Polícia Civil em 12 cidades do Rio Grande do Sul. As prisões na região ocorreram em Tramandaí e Três Cachoeiras. O objetivo foi desarticular esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro de uma facção criminosa com sede no Vale do Sinos, que possui ramificações em várias regiões do Estado.

Agentes da Delegacia de Tramandaí, coordenados pelo delegado Paulo Perez, participaram da operação e prenderam um homem no bairro Parque dos Presidente. O delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior, da Delegacia Regional do Vale do Sinos, que comandou a investigação, informou ao Litoral na Rede que o criminoso era uma liderança da organização criminosa no município.

Já em Três Cachoeiras, uma mulher foi presa preventivamente. De acordo com a Polícia Civil, ela tinha envolvimento na lavagem do dinheiro obtido ilicitamente com o tráfico de drogas. Em todo o Estado, 38 pessoas foram presas.

Também foram cumpridos mandados de prisão e de buscas e apreensão nas cidades de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Alvorada, Poço das Antas, Arroio do Meio, Montenegro, Charqueadas, Caxias do Sul e Lajeado. Quarenta e oito integrantes da organização foram indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, coação no curso do processo e denunciação criminosa.

A investigação

A investigação teve início em maio de 2018, após ameaças a policiais civis. Durante as diligências, os agentes chegaram ao principal autor das ameaças, um dos líderes da facção do Vale dos Sinos, preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). Mesmo na prisão, ele exercia função de comando em uma hierarquia bem estabelecida.

As investigações apontaram também o responsável pela contabilidade da organização criminosa.  “Através de anotações de contabilidade, foi possível chegar a outras pessoas, de diversas localidades, que recebiam valores expressivos e exerciam diversas funções dentro da organização criminosa, como laranjas, que emprestavam suas contas para lavagem de dinheiro advindo de práticas criminosas”, disse o delegado Ayrton Fugueiredo Martins Júnior.

Durante as investigações foram sequestrados imóveis avaliados em R$ 2,5 milhões e veículos que valem jutos aproximadamente R$ 1 milhão. Além disso, mais de 30 contas bancárias foram bloqueadas.

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