Uma mulher de 39 anos, moradora de Balneário Pinhal, é suspeita de planejar o assassinato da ex-esposa de seu companheiro. Ela foi presa nesta segunda-feira (17), no município do Litoral Norte, por agentes da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Alegre.
O crime aconteceu no dia 2 de maio em um ponto de ônibus do bairro Teresópolis, na Capital. O homem, de 39 anos, atacou a ex, de 37 anos, que saia do trabalho, com golpes de faca, tentando similar um assalto. No mesmo dia, ele foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio, também em Balneário Pinhal.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher presa hoje “tinha total conhecimento das intenções criminosas de seu companheiro de matar a vítima, tendo aderido à sua conduta, planejando detalhes da execução do crime e depois escondendo e eliminando as provas, atrapalhando as investigações”.
Na residência do casal investigado, em Balneário Pinhal, além do mandado de prisão temporária contra a suspeita, os agentes cumpriram um mandado judicial de buscas e apreensão. As medidas foram deferidas pela 4ª Vara do Júri de Porto Alegre, especializada em feminicídios, após parecer favorável do Ministério Público.
De acordo com a Deam, o homem preso em flagrante por tentativa de feminicídio confessou o crime, alegou que o objetivo era obter a guarda dos filhos e declarou que a atual companheira sabia de tudo. Além deste depoimento, gravado em vídeo, os investigadores suspeitaram de versões contraditórias apresentadas em interrogatórios do casal.
Motivação financeira
A investigação do crime também apurou indícios de que o casal de moradores de Balneário Pinhal tenha planejado o assassinato com intuito de obter vantagens financeiras.
Conforme a Delegada Marina Dillenburg, que ouviu a vítima no hospital e acompanhou as diligências no Litoral Norte, o crime foi premeditado de forma bastante detalhada pelo casal, que além da questão da guarda dos filhos, tinha motivação financeira para executar a ex-companheira.
Em depoimento prestado no hospital, a vítima declarou que, além da questão de não querer pagar pensão alimentícia e da guarda dos filhos, possuía um seguro de vida em seu nome, cujos beneficiários eram os filhos. Ela disse ainda aos policiais que o casal tinha conhecimento da existência desse seguro e que acredita que esse foi o motivo pelo qual premeditaram o crime.
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