Muita tristeza e dor marcaram esta tarde de Dia dos Pais em Mostardas. O domingo (11) foi de despedida para centenas de amigos e familiares de três das cinco vítimas da chacina que foram enterradas no Cemitério da Solidão, há 60 quilômetros do centro da cidade. Os outros dois corpos foram sepultados em outras cidades.
A tia de Guilherme Lemos Costa, de 20 anos, uma das pessoas mortas no tiroteio, acompanhou o velório muito abalada. Isabel Vieira reforçou que o jovem era inocente. “A minha maior tristeza é que um inocente no meio de toda essa história foi morto. Ele saiu com os amigos para se divertir, porque aqui não tem muito onde ir, dar uma dançada e houve essa tragédia.”
O crime que aconteceu na madrugada de sábado (10), na zona rural do município e chocou a comunidade. Um morador da região que não quis se identificar disse ao Litoral na Rede que teme que mais crimes aconteçam. “A gente tem medo, porque o dia a dia está muito perigoso. Nós do interior somos muito desprotegidos. Muito longe de tudo.”
Polícia ainda busca identificar os autores do crime
A linha de investigação da polícia é que o crime tenha sido motivado por disputas por pontos de tráfico de drogas. A investigação busca esclarecer se os assassinatos foram realizados por uma facção que tem origem na região metropolitana de Porto Alegre.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra possíveis integrantes de um grupo criminoso ostentando armas e munições. Com as balas, eles escreveram os nomes “Palmares” e “Must”, em alusão às duas cidades do Litoral: Palmares do Sul e Mostardas. A veracidade do vídeo, a data em que foi gravado e a ligação com a chacina ainda não foram confirmados pela polícia.
O policiamento foi reforçado na região. Barreiras e abordagens estão sendo feitas pela Brigada Militar, através das Forças Táticas. Viaturas também estão circulando por pontos próximos de onde o crime ocorreu. A previsão é que a operação continue pelo menos até quarta-feira.
Chacina em Mostardas: cinco são mortos e quatro feridos em boate
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