Jovem é presa após forjar sequestro do próprio filho em Porto Alegre

Tia da criança e seu atual companheiro também foram detidos; trio armou história para incriminar ex-tio

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Foto: Litoral na Rede / Arquivo

Uma jovem de 20 anos foi presa pela Polícia Civil (PC) em Porto Alegre, neste domingo (24), por forjar o sequestro do próprio filho de apenas dois anos. A tia da criança e seu companheiro, envolvidos no caso, também foram detidos. A intenção do trio era incriminar o ex-tio da criança.

A história teve início na noite da última sexta-feira (22), quando a mãe da criança mobilizou as forças de segurança após comunicar que seu filho havia sido sequestrado na Zona Sul da Capital. Aos policiais, ela alegou que homens em um carro branco haviam arrancado o menino dos seus braços e o colocado dentro do automóvel, fugindo em seguida.

Num primeiro momento, a mulher apontou que o responsável pelo sequestro seria seu ex-cunhado, com quem sua irmã havia mantido um relacionamento no passado. A versão, porém, passou a levantar suspeitas na equipe que assumiu as investigações.

“Quando verificamos a quantidade de ocorrências envolvendo a mãe, a tia e esse ex-cunhado, ex-marido dessa tia, ficamos bem preocupados com a possibilidade de ser um caso de vingança com uso da criança”, disse a delegada Caroline Bamberg Machado, diretora da Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca), à reportagem do portal GZH.

De acordo com a Polícia Civil, a mãe da criança, juntamente com a tia e seu atual companheiro, tentou ludibriar os policiais com narrativas confusas sobre o possível paradeiro do menino. Os três, no entanto, tentavam a todo instante responsabilizar o homem que foi tio do menor.

O caso foi solucionado neste domingo (24), quando o trio finalmente confessou que estava mentindo. A criança foi encontrada no bairro Restinga com conhecidos da família que teriam recebido R$300 para cuidar do menino por alguns dias.

A mãe da criança, a tia, de 32 anos, e o companheiro dessa tia, de 30, foram presos em flagrante sob acusação de denunciação caluniosa e associação criminosa. O trio também foi enquadrado no artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê condenação a quem “submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento”.

O Conselho Tutelar de Porto Alegre encaminhou o menino para a avó materna, que também ficará com a guarda provisória de uma outra criança de seis anos, filho da tia que foi presa. Segundo o órgão, a decisão foi tomada para não causar mais sofrimento às crianças.

Os nomes dos envolvidos, bem como o do menor, não foram divulgados para preservar a identidade da criança.

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