Um casal de idosos precisou de atendimento médico após ser atacado por abelhas, na tarde deste sábado (10), na residência onde moram, em Balneário Pinhal. Apesar do susto, ambos passam bem.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros de Cidreira, que atendeu o caso juntamente com o Serviço Civil Auxiliar de Bombeiro (SCAB) de Balneário Pinhal, a mulher, de 75 anos, foi atacada no rosto pelos insetos. Ela teria sofrido cinco picadas. O homem, de 81 anos, sofreu duas picadas.
Eles foram removidos ao Posto de Saúde 24 Horas de Balneário Pinhal, onde foram atendidos e liberados. Um apicultor foi acionado para fazer a remoção dos insetos da residência.
Como agir em situações como essa?
Ao Litoral na Rede, o comandante do Pelotão de Bombeiro Militar de Cidreira, tenente Cristian Pujol, afirmou que, em casos como este, a primeira orientação é acionar um apicultor – profissional que atua na criação e tratamento de abelhas – ou a Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram) para que façam a remoção. O Corpo de Bombeiros, através do número 193, não faz a remoção, mas auxilia com orientações.
“Em último caso, quando elas estão atacando aleatoriamente, isolamos o local, se for de dia, e as removemos à noite”, explica Pujol, citando que, em alguns casos, os bombeiros usam jatos de água em formato de neblina, que ajudam a dispersar os insetos.
Quando estiver frente a frente com abelhas, as duas palavras-chave são rapidez e silêncio. “O recomendado é sair o mais rápido possível de perto do ninho. Também é recomendado sair silenciosamente, não gritar, não se debater, porque quanto mais se debate, mais atrai outras abelhas. Então, a dica é sair o mais rápido possível”, orienta o comandante dos bombeiros de Cidreira.
Ele também indica que proteger-se em locais fechados é recomendado, caso a pessoa esteja em uma área de mata ou próxima a galhos de árvores. “Se tiver um carro, entra no carro. Se tiver uma casa, entra na casa e fecha, imediatamente, a entrada das abelhas, porque uma abelha que ferroa vai atrair várias outras em seguida”, explica Pujol.
Em caso de ataque, é recomendado buscar atendimento médico. “Nos dois casos, de pessoas alérgicas ou não, se o atendimento for rápido, você pode salvar as pessoas”, afirma. “No caso de uma pessoa alérgica, se ela toma uma ferroada o corpo vai começar a ficar vermelho, essa alergia vai para a garganta e ela vai ter, provavelmente, uma edema de glote, que se for muito forte, causa problemas respiratórios e pode matar”, detalha Pujol.
Já no caso de uma pessoa não alérgica, mas que teve muitas picadas, há risco de intoxicação no organismo, principalmente nos rins. “A pessoa pode ter uma paralisia nos rins e acabar morrendo”, alerta.
Se livrar do veneno
“No caso de uma pessoa alérgica, ela tem que tomar logo um antialérgico. Quando a pessoa é alérgica e você tem diferentes graus de alergia, pode ser muito alérgica ou pouco alérgica. E aí, se você tomar uma ferroada ou duas e for extremamente alérgico, pode matar. Então isso é um perigo para as pessoas alérgicas. As pessoas alérgicas precisam estar muito atentas”, adverte Pujol.
“Quando é uma pessoa que toma um número muito grande de ferroadas e não tem alergia, não desenvolve o processo alérgico, mas o veneno que foi injetado no organismo é tão grande que acaba provocando um sistema de intoxicação, aí você pode morrer intoxicado”, finaliza.