ICMBio discute criação de parque nacional no litoral do RS

Futura unidade de conservação federal ocupará aproximadamente 1,6 milhão de hectares; consultas públicas serão realizadas na próxima semana

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Albardão faz referência ao farol presente na área desde 1909. Foto: Janaína de Lima / ICMBio

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizará duas consultas públicas nos dias 29 e 30 de abril, com o objetivo de debater o processo de criação do Parque Nacional de Albardão, no Litoral Sul do Rio Grande do Sul. Os encontros ocorrerão em Santa Vitória do Palmar e Rio Grande.

A iniciativa, conforme o instituto, visa promover a integração do processo com a comunidade local, órgãos ambientais, entidades públicas, associações de moradores, proprietários de terras e representantes dos setores produtivos.

A futura unidade de conservação federal ocupará aproximadamente 1,6 milhões de hectares, sendo a maioria em ambiente marinho e apenas 21 mil hectares em ambiente terrestre. A região é o lar de diversas espécies, incluindo três tipos de tartarugas marinhas (tartaruga-verde, tartaruga-cabeçuda e tartaruga-de-couro), além de dez espécies de mamíferos marinhos como a baleia-franca, o golfinho-nariz-de-garrafa, a toninha, leões e lobos-marinhos, e animais ameaçados como o cação-anjo, o cação-listrado, o tubarão-martelo e outras 18 espécies.

O ICMBio informou também que a área também possui uma rica biodiversidade de aves marinhas e costeiras (15 espécies) e de aves pelágicas (27 espécies), tanto residentes quanto migratórias, além de espécies terrestres costeiras e lagunares. Entre os mamíferos terrestres que habitam a praia isolada do futuro parque estão o tuco-tuco-da-praia e o graxaim, enquanto répteis e anfíbios incluem o sapo-da-duna e a lagartixa-da-areia. Vale lembrar que o nome Albardão faz referência ao farol presente na área desde 1909.

A região é considerada de extrema importância desde 2004, de acordo com o mapa do MMA de “Áreas Prioritárias para a Conservação”. Em 2005, foi destacada como fundamental para a conservação dos tubarões e raias do Brasil, e em 2008, o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera apontou a necessidade de proteger a área por meio de uma unidade de conservação.

Audiências públicas

29 de abril de 2024 – Rio Grande – às 14h, na Universidade Federal de Rio Grande – Campus Carreiros, Av. Itália km 8, bairro Carreiros, Rio Grande, RS, CEP: 96203-900.

30 de abril de 2024 –Santa Vitória do Palmar – às 14h, no Auditório do LaTur FURG – Campus Santa Vitória do Palmar, Rua Glicério P. de Carvalho, 303, Santa Vitória do Palmar, RS, CEP: 96230-000.

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