Vídeos gravados por moradores de Cidreira, que mostram o descarte no mar de restos de obra da Plataforma Marítima do município, mobilizou órgãos de fiscalização. Equipes da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), da Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar e da Marinha do Brasil estiveram no local nessa quinta-feira (09) para apurar as irregularidades denunciadas nas redes sociais.
De acordo com o coordenador do Balcão Ambiental Unificado Sema/Fepam do Litoral Norte, Paulo Ricardo Monteiro Sordi, durante a vistoria não foi constatada disposição irregular de resíduos, mas a direção da Plataforma confirmou que houve o descarte de pequena quantidade de resíduos de areia, brita e cimento diretamente no oceano.
A Fepam emitiu uma notificação administrativa à Plataforma de Cidreira. “Fica advertido a não mais proceder dessa forma, devendo todos os resíduos gerados na plataforma, quer RSU, RSCC e outros, devem ser destinados adequadamente para locais licenciados conforme a sua classificação”, diz o documento.
A direção da plataforma informou à Fepam que o descarte no mar foi realizado por pedreiros terceirizados, que já foram advertidos. Segundo apurado na inspeção, os funcionários não levaram os restos de obras até uma caçamba para o devido recolhimento por consideraram ser pouco quantidade.
Denúncia
Três pescadores gravaram os vídeos que mostram o descarte de resíduos de obra da Plataforma de Cidreira. Os registros foram feitos na última quarta-feira (08) e causaram indignação nas redes sociais em que foram publicados. Eles estavam a aproximadamente 50 metros quando perceberam os pedreiros virando um carrinha de mão e jogando o lixo no mar.
De acordo com o vigilante e pescador Carlos Eduardo da Rosa, uma das pessoas que fez a denúncia, o descarte foi feito várias vezes. “Pra mim isso é um absurdo. Começamos a filmar da beira da praia. Fizeram uma, duas, várias vezes aquilo”, afirmou.
Segundo ele, outro pescador, Filipe Santos Rodrigues, entrou na plataforma e registrou de perto o descarte. “Resto de cimento, pedacinho de ferro e tijolo, enchiam o carrinho e arremessavam ao mar”, lamentou.
Carlos Eduardo que também destacou a importâncias das medidas para que a prática não se repita. “Se continuar, vai se cada vez pior, para toda a população, para quem gosta de pescar, tanto profissionais quanto amadores, vai começar a acabar com o peixes na volta ali”, avaliou.
Veja o Vídeo abaixo