Os cincos réus pelo assassinato do soldado da Brigada Militar, Thales Ferreira Floriano, de 31 anos, foram condenados por homicídio qualificado e por 11 tentativas de homicídio contra outros policiais militares. A sentença foi proferida no início da madrugada desta quarta-feira (07) pelo juiz Gilberto Pinto Fontoura, após decisão do júri popular.
Os crimes ocorreram em agosto de 2016. O julgamento, no Fórum de Tramandaí, teve início na manhã de terça-feira e durou mais de 15 horas. Devido à pandemia, o público não teve acesso à sessão e medidas de prevenção ao coronavírus foram adotadas.
As penas variam de 84 a 102 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. Lucas Leiria da Silva e Anderson Rodrigues Duarte foram condenados a 84 anos de reclusão. Cássio Rodrigues dos Santos teve pena estabelecida em 93 anos e 4 meses. Já Mário Josias da Costa Trein e Maycom Leiria da Silva tiveram condenação a 102 anos e 8 meses.
O promotor de Justiça, Fernando Andrade Alves, responsável pela acusação, salientou que os cinco também foram condenados por invasão de domicilio. Nesse caso, as penas são entre dois e três anos de detenção no regime semiaberto.
Os crimes
No início da madrugada de 6 de agosto de 2016, 12 policiais militares foram até o bairro Chico Mendes, em Cidreira, em virtude da invasão de casas por traficantes. Segundo o Ministério Público, as invasões tinham relação com disputas por ponto de tráfico no local, já que o líder da venda de drogas havia sido morto em Viamão e as ‘bocas de fumo’ estavam sem comando.
Quando os PMs avançavam entre as ruas Treze e Quatorze, os denunciados, que acompanhavam a movimentação da polícia, passaram a atirar. O policial militar Thales Ferreira Floriano foi atingido na cabeça, ao contrário do que ocorreu com os demais colegas, que não foram atingidos por erro de pontaria dos criminosos. Thales chegou a ser socorrido, mas chegou sem vida ao hospital.