Boto “Escurinho” dá show na Barra do Rio Tramandaí

Biólogo do projeto Botos da Barra registrou os saltos do neto da matriarca “Geroldona”

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O animal é o “Escurinho”, um boto de quatro anos, neto de “Geraldona” e filho de Rubinha. Foto: Yuri Camargo / Projeto Botos da Barra

O mais jovem boto a interagir com os pescadores na Imbé de Tramandaí e Imbé garantiu um espetáculo para quem estava nas margens do Rio Tramandaí. O cetáceo deu uma sequência de saltos, ficando com todo o corpo fora d´água no fim da manhã dessa terça-feira (23).

Ele estava mais próximo à margem de Tramandaí. Mas do lado de Imbé, a equipe do projeto Botos da Barra, do Centro de Estudos Costeiros Limonólogicos e Marinhos (Ceclimar/UFRGS), conseguiu registrar os momentos em fotos e vídeo.

As fotos foram captadas pelo biólogo Yuri Camargo, que atua no projeto desde 2013. “Salto assim eu nunca tinha registrado, até porque não é sempre que eles saltam assim pra fora d’água. Nós chegamos na barra às 07:30 e eu consegui o registro era 11:22”, contou ao portal Litoral na Rede.

De acordo com a equipe do Botos da Barra, o animal é o “Escurinho”, um boto de quatro anos, neto de “Geraldona”, matriarca dos animais que frequentam a barra e interagem com os pescadores, e filho de Rubinha.

Ele é o mais jovem dos botos a praticar a pesca cooperativa. Os animais apontam aos pescadores a localização dos cardumes e aproveitam o lançamento das tarrafas para garantir a sua alimentação.

Nesse período, de abril a junho, os botos são vistos com mais frequência. É quando as tainhas migram em grandes cardumes, dos estuários em direção ao mar para desovar – atravessando os estuários e seus canais de maré, como a Barra do rio Tramandaí.

Atualmente, a equipe do projeto Botos da Barra e os pescadores contabilizam 13 animais que entram no rio, sendo que 12 deles pescam em conjunto com os profissionais. O 13º é o caçula de “Rubinha”, que foi visto pela primeira vez, junto com a mãe, no fim do ano passado.

O mais jovem neto de “Geraldona” está sendo chamado de “Flipper”. Como o sexo ainda não foi confirmado, caso seja uma fêmea, também é considerado o nome de “Estrelinha”. As identificações, no entanto, são consolidadas pelos pescadores ao longo do tempo.

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