Vídeo: Botos garantem pescaria farta no Rio Tramandaí

Pelos menos cinco animais interagiram com os pescadores na tarde deste sábado

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Foto: Rafael Ribeiro / Litoral na Rede

Com o sol refletindo nas águas do Rio Tramandaí e abundância de cardumes de tainhas, a pesca foi farta para botos e pescadores na tarde deste sábado (06), na Barra do Rio Tramandaí.  Ao menos cinco animais sinalizavam a dezenas de “tarrafeiros” sobre a presença dos peixes, que nesta época seguem em direção ao mar.

A reportagem do Litoral na Rede acompanhou a interação entre os botos e pescadores junto à praça em construção, às margens do rio, do lado de Tramandaí. Em apenas uma tarrafada, um deles capturou mais de 10 tainhas e todas bem graúdas.

Foto: Rafael Ribeiro / Litoral na Rede

Em alguns momentos era possível ver parte dos cardumes saltando na água [confira o vídeo no fim da matéria]. A cena chamou a atenção de quem passeava pela beira do rio e muitas pessoas pararam para assistir e fotografar o espetáculo da pesca da tainha.

Abril é o mês que marca o início da temporada da “corrida da tainha”, quando os botos interagem mais com os pescadores na Barra do Rio Tramandaí, que se estende até junho.

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Foto: Rafael Ribeiro / Litoral na Rede
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Foto: Rafael Ribeiro / Litoral na Rede
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Foto: Rafael Ribeiro / Litoral na Rede
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Foto: Rafael Ribeiro / Litoral na Rede

“Nesse período, as tainhas migram em grandes cardumes, dos estuários em direção ao mar para desovar – atravessando os estuários e seus canais de maré, como a Barra do rio Tramandaí”, explica a equipe do Botos da Barra.

Na pesca cooperativa, os animais apontam aos pescadores a localização dos cardumes e aproveitam o lançamento das tarrafas para garantir a sua alimentação.

O boto-de-Lahille (Tursiops gephyreus) é uma espécie que habita águas costeiras próximas à zona de arrebentação, baías costeiras e águas adjacentes de estuários e lagoas costeiras nos estados do Sul do Brasil, no Uruguai e em parte da Argentina.

É conhecida pela sua interação com pescadores de tarrafa. Sua categorização como uma espécie ameaçada de extinção é justificada pela existência de poucos indivíduos, que têm uma distribuição restrita e muito próxima das regiões costeiras, sofrendo com a pressão das atividades humanas.

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