A Polícia Civil deflagrou no início da manhã desta sexta-feira (14), duas operações policiais denominadas “Falso Cristal” e “Reação Química”, em Xangri-Lá, Capão da Canoa, Nova Santa Rita e Estrela. Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos. As duas ações estão relacionadas e foram desencadeadas para combater crimes contra a administração pública, corrupção ativa e passiva, falsificação documental e associação criminosa.
As operações ocorreram através da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª Decor), da Divisão Estadual de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCCOR) e foram coordenadas pelos delegados Cassiano Desimon Cabral e Max Otto Ritter. As investigações iniciaram a partir da Operação Sol Poente, que aconteceu no fim de março de 2023, na Prefeitura Municipal de Xangri-Lá.
Nesta manhã, novamente policias cumpriram mandados na prefeitura do município. A Operação Falso Cristal mira um servidor público, lotado na Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que foi o alvo da ação. Policiais civis também estiveram na residência do investigado, que não teve o nome revelado.
Conforme a PC, o servidor solicitava vantagens financeiras indevidas a empresários que prestam serviços de hidrojateamento e sucção em condomínios de luxo. “A investigação apura a ocorrência de crimes contra a Administração Pública, notadamente os delitos de corrupção ativa e passiva, em detrimento do Executivo Municipal de Xangri-Lá”, diz a corporação.
Reação Química
O alvo da operação foi uma engenheira química, que segundo a investigação, emitia laudos técnicos para uma empresa localizada em Esteio. “Foram realizados sem o devido procedimento legal, mediante a utilização de documentos notadamente falsos mediante suspeita de ausência de contraprestação dos serviços técnicos”, explicou a Polícia Civil.
Apreensões
Durante as operações “Falso Cristal” e “Reação Química”, foram apreendidas uma pistola calibre 7.65, uma espingarda calibre 28, documentos vencidos, celulares dos investigados, documentação de interesse das investigações e dinheiro sem indicação de procedência.
Relação
Nos dois casos, conforme a Polícia Civil, o mesmo grupo empresarial atuou de forma direta junto a agentes públicos e privados, para fins de obtenção de vantagens financeiras à margem da legalidade e em proveito particular.
Sol Poente
Teve início com a descoberta de fatos criminosos a partir de prova apreendida na deflagração da Operação Sol Poente, que investigou a prática de delitos licitatórios e de associação criminosa no âmbito do Executivo Municipal de Xangri-Lá. (Clique aqui e saiba mais).
Nota da Prefeitura
“A Prefeitura de Xangri-Lá esclarece que a ação policial veiculada nos órgãos deimprensa no dia 14 de junho de 2024, refere-se a fato isolado envolvendo servidor de carreira, nada tendo a ver com a gestão 2021-2024. Xangri-Lá, 14 de junho de 2024”.