Guaíba sobe, e Prefeitura de Porto Alegre volta a fechar comportas do Cais Mauá

Medida foi tomada para evitar que água invada área central da Capital

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Foto: Mateus Raugust / PMPA

Depois de reabrir, no final da última semana, o sistema de proteção contra cheias do Lago Guaíba, a Prefeitura de Porto Alegre optou por fechar novamente, de forma preventiva, três comportas do Cais Mauá. A medida foi executada na tarde deste sábado (30) após o nível das águas do Lago Guaíba voltar a subir.

De acordo com a prefeitura, equipes do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) fecharam os portões 4, 6 e 11 do Cais Mauá. Conforme o prefeito Sebastião Melo, a medida foi tomada por conta do vento do quadrante Sul na Lagoa dos Patos, que represa água no Lago Guaíba. No momento do fechamento, a medição indicava oscilação de 2,80 a 2,90 metros. A cota de inundação é de 3 metros.

“O Catamarã vai suspender temporariamente as operações, assim como o Cisne Branco. Atuação é preventiva até o nível do Guaíba estabilizar”, informou Melo, via Twitter.

Marca histórica

O Lago Guaíba atingiu, no final da manhã da última quarta-feira (27), 3,18 metros no Cais Mauá. A marca foi a mais expressiva desde 1941, quando as águas chegaram a 4,75 metros no Centro Histórico. Há oito anos, quando houve a última grande enchente em Porto Alegre, o pico registrado na régua automática foi de 2,94 metros.

Para reduzir o volume de água que poderia chegar à área central da cidade, a prefeitura iniciou segunda-feira (25) o fechamento das comportas do Cais Mauá, montando também uma espécie de barreira formada por sacos de areia posicionados junto aos portões por equipes do Dmae. Quatro comportas foram reabertas na quinta (28) e outras três na sexta-feira (29).

“As comportas tiveram papel crucial para amenizar os alagamentos na área central de Porto Alegre durante o pico da cheia, que ocorreu na última quarta. Estamos satisfeitos com os resultados e, nos próximos dias, faremos manutenções corretivas. O objetivo é recuperar os portões recuperados, caso haja necessidade de um novo acionamento”, afirmou o diretor-geral do Dmae, Maurício Loss.

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