21 leitos de UTI abertos durante a pandemia são mantidos no Litoral Norte

Com isso, a região passa a ter capacidade para atender 46 pacientes em unidades de terapia intensiva

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Hospital de Osório que não tinha UTI antes da pandemia, conta agora com 10 leitos. Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini/ Arquivo

O Litoral Norte do Rio Grande do Sul conta, a partir deste mês, com 46 leitos em unidades de terapia intensiva (UTIs). São 21 a mais do que antes da pandemia, segundo informações da 18ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS).

No início de 2020, a região tinha 25 vagas em UTI: 10 no Hospital Tramandaí, 10 no Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, e cinco no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres.

Agora, Tramandaí fica com 16 leitos de terapia intensiva, Torres com 10 e Capão da Canoa mantém os mesmos 10 de dois anos atrás. Outros 10 funcionam no Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, que não possuía UTI antes da pandemia.

No momento mais crítico para a rede hospitalar devido ao coronavírus, o Litoral Norte chegou a ter capacidade para atender 106 pacientes em UTI. Essas vagas, no entanto, vêm sendo desabilitadas pelo Ministério da Saúde em função do avanço da vacinação e redução da demanda.

Rio Grande do Sul

Em todo o Estado, em março, estão sendo desativados 1.057 leitos de UTI na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a reestruturação se dá a partir da desabilitação, por parte do Ministério da Saúde, de leitos que vinham recebendo recursos federais para atender exclusivamente pacientes com covid-19.

Serão mantidos 315 dos leitos de UTI instalados durante a pandemia no Rio Grande do Sul. Com a mudança, eles deixam de ser exclusivos para pacientes infectados pelo coronavírus e poderão receber pacientes com outras doenças.

O Rio Grande do Sul passa a contar com 1.450 leitos de UTI geral, sendo 202 pediátricos e o restante adulto. Segundo a SES, a quantidade é suficiente para atender a demanda da população gaúcha, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.

“Não teremos mais leitos com nome de covid-19, mas os pacientes continuarão recebendo assistência. Os pacientes com Covid serão atendidos em leitos de UTI geral. Eles precisam estar em uma área reservada, mas os hospitais já lidam com doenças que necessitam de isolamento desde antes da pandemia, como a H1N1”, disse a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Fagundes.

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