





O comando da Operação Verão do Corpo de Bombeiros contabilizou 92.856 lesões por águas-vivas neste verão no Litoral do Rio Grande do Sul. Em toda a temporada passada foram registrados 192.111 casos. Apenas nesse sábado (09), ocorreram 6.770 queimaduras.
A oceanógrafa e química Cacinele Rocha, do Centro de Estudos Costeiros Limnológicos e Marinhos explicou que a água mais quente e transparente, com a corrente a predominância da corrente marinha do Brasil no Litoral Gaúcho favorece a presença desses animais. “Água quente e esta corrente que vem de norte, ela acaba dando oportunidade para que as águas vivas se estabelecem e consigam ficar bem ali”, esclareceu.
“Ao entrar em contato com a pele, as águas-vivas liberam uma substância urticante, que é a responsável pela sensação de queimadura. É um mecanismo de defesa delas. Após o choque, é preciso lavar o local com água salgada, pois a doce faz com que os tentáculos liberem mais veneno. Outra alternativa é o vinagre, que também auxilia na limpeza do local afetado”, explica a médica e associada da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Vanessa Maria Mendes Martins Pinto.
Segundo a médica, se, mesmo após as primeiras medidas, surgirem bolhas, vertigens, o indivíduo apresentar dificuldade de respirar, suor excessivo ou dores de cabeça, é necessário que procurar um hospital para identificar e interromper esses sintomas. Também é preciso, nos dias que sucederem o ocorrido, evitar a exposição ao sol, não esfregar e nem coçar a região.