A empresa São José assume oficialmente neste sábado (30), a partir da meia-noite, a operação das 19 linhas intermunicipais que estavam sob responsabilidade da Torrescar. A informação foi confirmada pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), responsável pela concessão das linhas que interligam cidades no Aglomerado Urbano do Litoral Norte.
Depois de atender a um chamamento público realizado no começo de março — do qual participou juntamente com a Unesul, a empresa foi escolhida para operar os itinerários intermunicipais que contemplam as cidades de Torres, Capão da Canoa, Osório, Itati, Maquiné, Terra de Areia e Três Forquilhas. Das 19 linhas herdadas, a São José manterá 15 delas [veja tabela abaixo]. Isso porque alguns dos itinerários já eram executados pela empresa de transportes e acabariam ficando sobrepostas caso fossem executadas na integralidade.
“A equipe técnica da Metroplan analisou as propostas e apontou a melhor alternativa, com maior cobertura e menor prejuízo aos usuários. A São José está apta a operar a partir do dia 30. Está tudo organizado. Pedimos a compreensão para fazer essa transição, no prazo de 30 dias”, disse Francisco Horbe, superintendente da Metroplan, ao portal Litoral na Rede.
A fundação também destaca que a medida adotada é para manter o serviço, mas que a concessão das linhas dos aglomerados urbanos e da Região Metropolitana será realizada, em breve, por licitação, conforme estabelecem ações judicias.
Ainda segundo Horbe, o sistema de bilhetagem eletrônica da São José é o mesmo utilizado até então pela Torrescar, o que não deve causar transtornos aos usuários do transporte público que utilizam vale-transporte.
Saída da Torrescar
A medida foi adotada depois de a Torrescar notificar oficialmente o órgão estadual que deixaria de operar em função de problemas econômicos. Na semana passada, em contato com a reportagem do Litoral na Rede, a diretora da companhia, Renata Guimarães Dimer, detalhou a situação que inviabilizou a sequência das atividades.
“Depois da pandemia, as coisas só pioraram. A gente vem pagando para trabalhar nesses últimos tempos, então é por isso que chegamos nessa decisão. Até tentamos algumas prerrogativas, suspender alguma linha, mas é um processo político muito complexo e não conseguimos ter muito êxito nisso”, relatou a gestora.
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