Os salvamentos no mar no Litoral Norte do Rio Grande do Sul aumentaram 49% nos primeiros 30 dias da Operação Verão 2020/2021, em comparação com o mesmo período da temporada passada. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS), foram resgatadas 237 pessoas, quando nesta mesma época do verão passado o número foi de 159.
O levantamento, referente ao período entre 19 de dezembro e 17 de janeiro, também aponta que houve duas mortes por afogamento no mar na região, enquanto no mesmo período anterior não ocorreu nenhum óbito.
As praias com mais salvamentos nesta temporada são Capão da Canoa (51), Torres (40) e Imbé Sul (23). As três guaritas que lideram o ranking de resgates pelos guarda-vidas ficam em Capão da Canoa, são a 73, a 74 e 75.
“Esses primeiros 30 dias de operação verão evidenciam um crescimento dos eventos de resgate e salvamentos por parte do Corpo de Bombeiros e dos guarda-vidas, especialmente no Litoral Norte. Evidenciam também um aumento de afogamentos em áreas não cobertas por guardas vidas”, alertou o coordenador operacional da Operação Verão do CBMRS, major Isandré Antunes.
Os profissionais de salvamento já realizaram 94.099 ações de prevenção, número semelhante ao registrado nos primeiros 30 dias da temporada passada. Por isso, os bombeiros alertam sobre a importância de os banhistas serem prudentes e reforçam a orientação de que devem procurar entrar no mar em guaritas com guarda-vidas e entre as bandeiras que sinalizam área de banho seguro.
“Pra nós é preocupante, na medida em que todo o nosso serviço precisa da visualização do banhista pra poder fazer a ação preventiva e o resgate. A nossa preocupação é que as pessoas procurem os locais onde o serviço está ativo”, explicou o major Antunes.
Os guarda-vidas também monitoram as lesões por águas-vivas no Litoral Gaúcho. Desde o início da temporada, foram 10.150 registros. O número é cinco vezes menor do que nos primeiros 30 dias da Operação Verão do ano passado.
“Obviamente que as águas-vivas continuam ali, aparentemente elas estão um pouquinho afastadas da costa. Nós temos percebido isso, na medida em que nós treinamos e temos tido menos contato com elas nos guardas vidas. Mas sempre há uma preocupação, em razão de que qualquer contato com este animal marinho pode levar a um evento mais grave, seja fisiológico e dentro d’água pode acarretar um afogamento secundário”, disse o coordenador da Operação Verão.