Litoral Norte tem 16 municípios com infestação do Aedes aegypti e primeiros casos de dengue em 2024

Veja os dados da Secretaria Estadual da Saúde sobre a doença na região

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Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya. – Foto: Divulgação/SES

O Litoral Norte do Rio Grande do Sul já teve a confirmação de casos de dengue em 2024, de acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Além disso, 16 dos 23 municípios da região possuem infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Os casos confirmados pela SES são em quatro cidades do Litoral Norte. Em Santo Antônio da Patrulha foram dois diagnósticos em 2024. De acordo com a Vigilância em Saúde do Município, os casos são importados, ou seja, contraídos fora da cidade. Os pacientes tiveram diagnósticos em janeiro, após retornarem de viagens para Três Passos, no Noroeste Gaúcho, e para o Rio de Janeiro. Ambos estão recuperados. Ainda um caso suspeito em investigação.

Em Tramandaí, foi confirmado um caso da doença, também importado, e outros três em investigação. A Vigilância em Saúde do Município informou que o paciente teve diagnóstico no fim da última semana, após viagem para fora da cidade.

O painel da Dengue no RS, consultado pela reportagem do Litoral na Rede, aponta ainda casos em Torres e Capão da Canoa. As secretarias municipais da Saúde das duas cidades ponderam, no entanto, que essas notificações não significam que houve contágio local.

A Secretaria da Saúde de Capão da Canoa informou ao Litoral na Rede que o caso computado pela SES para o município trata-se de um paciente com cartão SUS na cidade do Litoral, mas que reside em Porto Alegre, onde foi infectado. Até a tarde dessa terça-feira (06), havia três casos em investigação.

Já a Vigilância Sanitária de Torres esclareceu que a notificação do município é de um paciente que contraiu a doença em São Leopoldo e, depois veio para a cidade para ser cuidada por familiares.  O município tem três casos em investigação.

A SES aponta que os 16 municípios da região com infestação do mosquito Aedes aegypti são: Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, Capivari do Sul, Cidreira, Imbé, Mostardas, Osório, Palmares do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Terra de Areia, Torres, Tramandaí, Três Cachoeiras, Três Forquilhas e Xangri-Lá.

Principais sintomas da dengue

  • febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor retro-orbital (atrás dos olhos)
  • dor de cabeça
  • dor no corpo
  • dor nas articulações
  • mal-estar geral
  • náusea
  • vômito
  • diarreia
  • manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira

Prevenção

Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes, com a limpeza e revisão das áreas internas e externas das residências e eliminação dos objetos com água parada são ações que impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes aegypti.

Casos no RS

Neste ano, o Rio Grande do Sul já registrou 2.534 casos confirmados da doença, até esta terça-feira (06), dos quais 2.305 são autóctones, que é quando o contágio aconteceu dentro do Estado, com os demais sendo importados (residentes do RS que foram infectados em viagem a outro local).

Em 2023, foram mais de 34 mil casos autóctones. Ao todo, foram 54 óbitos em virtude da dengue no ano passado.

Em 2024, o RS teve, até agora, duas mortes confirmas por causa da doença, ambas nesta semana. A primeira foi de uma idosa de 71 anos em Tenente Portela, no Noroeste do Estado. A segunda, confirmada nessa terça, é de um paciente de 65 anos, morador de Santa Cruz do Sul. Ambos tinham outras doenças.

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