
Um homem condenado a mais de 14 anos de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver foi capturado pela Polícia Civil, no Centro de Tramandaí. A condenação é referente ao assassinato de Fábio dos Santos Venite, de 20 anos.
Ele foi morto em Imbé e seu corpo enterrado na praia em Xangri-Lá. O crime aconteceu em 3 de fevereiro de 2015. O corpo da vítima só foi encontrado uma semana depois, em 10 de fevereiro.
O condenado foi preso nessa quinta-feira (24). Ele tem 27 anos. Os agentes da Delegacia de Polícia de Tramandaí, coordenados pelo delegado Rodrigo Nunes, o localizaram a partir de investigações do desaparecimento de uma adolescente. A menor foi encontrada na residência do homicida, disse aos policiais que estava ali por vontade própria e negou que tenha sofrido violências.
Segundo a Polícia Civil, ele estava foragido do sistema prisional desde agosto de 2021. A condenação pelo júri popular aconteceu em dezembro de 2016, quase dois anos após o crime.
Atropelamento, golpes com macaco do carro e corpo enterrado
A morte do jovem Fábio dos Santos Venite no Litoral Norte teve grande repercussão na imprensa estadual na época do fato. Além do condenado capturado nesta semana em Tramandaí, outro acusado foi para o banco dos réus e condenado por ocultação de cadáver. Um adolescente também foi investigado pelo crime.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o condenado pelo assassinato e outros dois jovens estavam em um carro junto com a vítima, quando houve um desentendimento entre eles. No bairro Presidente, em Imbé, o autor do homicídio jogou o carro contra Fábio e depois passou com o veículo sobre o rapaz.
A investigação apurou que a vítima foi colocada ainda viva no porta-malas do veículo e levada até Xangri-Lá. O autor, ao constatar que ele ainda estava vivo, usou o macaco do carro e desferiu vários golpes em sua cabeça. Logo depois, os dois maiores e o menor abriram uma cova na areia e enterraram o corpo da vítima.
Os dois maiores foram presos dias após o crime. O homem capturado nesta semana cumpriu parte da pena até fugir no ano passado. O outro deixou a sessão do júri em liberdade, porque já havia cumprido a pena de 1 ano de prisão por ocultação de cadáver, crime pelo qual foi responsabilizado.