Os números de salvamentos e mortes no mar nos primeiros 15 dias da Operação Verão no Rio Grande do Sul é maior do que o registrado no mesmo período da temporada passada. No Litoral Norte, o guarda-vidas já resgataram 95 pessoas no mar, um aumento de 13%. Neste verão, ocorreram duas mortes por afogamento nas praias da região, no ano passado nenhuma havia sido contabilizada nas duas primeiras semanas da operação.
Apenas nessa sexta-feira (1º), os guarda-vidas salvaram 11 pessoas no mar, mais que o dobro do mesmo dia da temporada 2019/2020. As praias que tiveram mais resgastes, desde o início da Operação Verão, são Capão da Canoa, Torres e Quintão.
As guaritas que concentram maior quantidade de pessoas salvas até agora são a 60, em Capão Novo (5), a 73, em Capão da Canoa (5) e a 12, em Torres (4). O balanço foi divulgado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS).
O coordenador operacional da Operação Verão, major Isandré Antunes salienta que este aumento de ações ocorreu principalmente desde o início do feriadão de Ano-Novo.
“Mostra um pouco o comportamento das pessoas, que estão impacientes, agressivas na questão do banho. O mar não estava próprio para o banho, tivemos bandeira amarela e vermelha nesses dias. É um mar que ilude o banhista na condição de segurança, por isso é importante que ele presta atenção nas recomendações e nas condições de risco na bandeira que é colocada pelos guarda-vidas e adote um postura preventiva”, alertou o oficial do CBMRS.
Somente no primeiro dia de 2021, os guarda-vidas realizaram 7.758 ações de prevenção, enquanto em 1º de janeiro de 2020 foram 2.002. O major Antunes também orienta que os banhistas procurem entrar no mar próximo às guaritas, nas áreas entre bandeiras, que indicam banho seguro.
“O único imunizante ao afogamento é um comportamento seguro no mar, o nosso mar ele é muito dinâmico, ele oscila com muita velocidade, tanto corrente quanto profundidade, então é preciso que as pessoas estejam com cautela”, explicou.
O levantamento também aponta uma redução na quantidade de lesões por águas-vivas nesta temporada, com 3.187 registros desde 19 de dezembro. Nos primeiros quinze dias do verão passado foram contabilizadas 39.500.
