Mulheres ganham 26% menos do que os homens no RS

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Mulheres ganham 26% a menos dos que os homens no RS.

As mulheres ganham, em média, salários 26% menores que os dos homens no Rio Grande do Sul. O percentual é referente ao ano de 2019 e faz parte de um estudo sobre evolução da igualdade de gênero no Rio Grande do Sul. O trabalho, desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Economia e Estatística da Secretaria Estadual do Planejamento, foi divulgado nessa semana.

Em 2019, as mulheres representavam 51,3% da população, mas apenas 46,2% da força de trabalho no Estado, ainda assim, isso representa um avanço em relação ao ano anterior (45,6%). Mesmo sendo minoria, o contingente feminino tem a maior participação do quadro de desempregados (56,5%), percentual mais elevado quando comparado à média nacional, que fechou 2019 em 53,1%, de acordo com o IBGE.

Em relação ao rendimento médio no trabalho principal, as mulheres gaúchas são remuneradas com valores superiores aos atribuídos às brasileiras, no entanto, proporcionalmente ao salário dos homens, o Rio Grande do Sul fica atrás na comparação com os dados nacionais.

Em 2019, o rendimento das mulheres no Brasil representou 80% do ganho dos trabalhadores do sexo masculino, enquanto no Estado o percentual foi de 74%. No que se trata do rendimento por hora de trabalho, o ganho das mulheres representava 84% dos ganhos dos homens.

Quanto ao trabalho doméstico, entre 2016 e 2018, houve pouca alteração na média de horas semanais dedicadas pelos distintos gêneros. No último ano do período, as mulheres dedicavam 20,4 horas nesta função contra 11,6 horas dos homens.

A diferença cresce quando é incluída na análise a faixa salarial do público. No Rio Grande do Sul, em 2018, em domicílios cuja renda era de até um quarto de salário mínimo per capita, os homens trabalhavam 14,1 horas por semana e as mulheres, 25,4 horas. Nos domicílios com renda de mais de cinco salários mínimos per capita, homens trabalhavam dez horas e mulheres, 15,5 horas.

Cargos de chefia

A evolução da participação da mulher em posição de gerente ou diretora registrou queda entre 2015 e 2018. No primeiro ano da avaliação, o percentual era de 34,8%, chegou ao patamar máximo da série histórica em 2017 (39%) e voltou a cair em 2018, quando chegou a 33,8% das posições.

Nos órgãos do Poder Executivo estadual, mulheres respondem por 62% dos servidores, porém representam 56,9% dos cargos de chefias. Apesar de as funções gratificadas assumidas por mulheres estarem concentradas na Secretaria de Educação (75% do total do Executivo), a pasta onde há uma maior proporção interna de ocupantes femininas desses postos é a Secretaria do Trabalho e Assistência Social (STAS), onde elas representam 86% desses cargos (na Educação, são 80%).

Do lado oposto, na Brigada Militar apenas 10,2% dos servidores e 10% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres. Na Polícia Civil, há mais mulheres no quadro – 29,2%, sendo que 55% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres. Entre os secretários de Estado, as mulheres ocupam 24% dos cargos.

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