A Unidade de Pronto Antedimento (UPA) de Tramandaí, referência para o todo o Litoral Norte, enfrenta dificuldades de falta de profissionais, atrasos nos pagamentos de funcionários e médicos, escassez de materiais e equipamentos estragados para realização de exames. A constatação foi feita pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) durante vistoria realizada, nesta semana, no local.
Na UPA, inaugurada há menos de um ano, são realizados 340 atendimentos por dia. O equipamento de raio X, por exemplo, está estragado desde o último final de semana. Pacientes que precisam deste tipo de exame são encaminhados ao Hospital de Tramandaí e depois precisam retornar à Unidade de Pronto Atendimento para reavaliação do médico.
O secretário municipal da Saúde, Saleh Asad Abdalla Junior, informou ao Litoral na Rede, que já solicitou um levantamento dos materiais em falta para que sejam comprados e que a empresa que realiza a manutenção do equipamento de Raio X foi acionada logo que o aparelho estragou. “O raio X deve voltar a funcionar nos próximos dias, a empresa que faz o conserto já está trabalhando”, explicou Abdala.
O secretário salientou ainda que a administração anterior do município deixou uma dívida de R$ 2,3 milhões com a empresa terceirizada Futura, que contrata médicos e funcionários da UPA e dos postos de saúde e que isso acarreta atrasos nos salários. “O setor jurídico da Prefeitura está buscando uma solução, já que os valores que deixaram de ser pagos e empenhados em 2016 terão que sair do orçamento de 2017”, esclareceu.
A Prefeitura trabalha ainda para ampliar o número de médicos na UPA de Tramandaí durante os finais de semana de verão, quando a demanda aumenta. Hoje são três clínicos gerais e um pediatra atendendo nos plantões. A ideia é de que de sextas-feiras até domingos da alta temporada a equipe seja reforçada por mais um clínico geral.
