“Superlua Azul” poderá ser vista nesta quarta-feira em todo o país

Lua estará a 357.181 quilômetros da Terra; cerca de 26 mil quilômetros mais perto do que a média

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Superlua na plataforma de Atlântida, em Xangri-Lá, no dia 1° de agosto. Foto: Sergio Ordobas / Colaboração Litoral na Rede / Arquivo

Na noite desta quarta-feira (30), ocorrerá a segunda e última “Superlua Azul” do ano. A lua que estará maior e mais brilhante, poderá ser vista em todo o país, pois ela estará no perigeu, ponto da órbita de máxima aproximação da Terra. Na região, o tempo aberto deve favorecer a visualização do fenômeno.

O termo Azul não se refere a cor. Ela é chamada de “Lua Azul” por ser a segunda lua cheia do mês. A primeira ocorreu no dia 1º de agosto. A definição de superlua é por ela estar mais próxima da Terra. No Brasil o horário exato do instante da Lua Cheia vai diferir de acordo com o fuso horário. Pelo horário de Brasília, será às 22h35.

Conforme o Observatório Nacional (ON), que é um instituto de pesquisa vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), nesta noite a lua estará a 357.181 quilômetros da Terra. “Destaca-se que, em média, a distância entre a Terra e a Lua é de cerca de 384.400 quilômetros”.

A astrônoma do ON, Josina Nascimento, salienta que os observadores poderão notar uma lua mais brilhante do que outras luas. “O evento de uma superlua atrai ainda mais os olhares para o céu nos ajudando a divulgar e popularizar a ciência. E, além disso, é um evento que pode ser visto por muitas horas, durante toda a noite, de qualquer lugar do mundo e por qualquer pessoa porque é visível a olho nu, ou seja, sem o uso de qualquer instrumento”, destaca.

Josina explica que a superlua, que pode ser cheia ou nova, ocorre de uma a seis vezes por ano. No entanto, em alguns casos, a distância Terra-Lua é menor do que em outros. Isso ocorre porque a órbita da lua não é circular, mas sim elíptica.

Portanto, em sua trajetória ao redor da Terra, a lua fica ora mais próxima, ora mais afastada. Quando o satélite se encontra no ponto da órbita mais próximo em relação à Terra, está no perigeu. Por outro lado, quando está no ponto da órbita mais afastado da Terra, a lua está no apogeu.

A astrônoma explicou também que todas as luas cheias nascem no horizonte (a leste), quando o sol se põe (a oeste), e se põem (a oeste) quando o Sol nasce (a leste), portanto é possível ver a Lua durante toda a noite e de qualquer lugar do país.

“Uma boa hora para observar a superlua é quando ela estiver mais próxima do horizonte, logo após o pôr do sol ou no dia seguinte antes do nascer do Sol. Nessa posição a lua parecerá ainda maior e poderá apresentar belas variações de tonalidade, devido às partículas suspensas na atmosfera”, concluiu Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional.

Se você estiver no Litoral Norte do Rio Grande do Sul e registrar a superlua, a imagem poderá ser publicada no portal Litoral na Rede. Envie para o WhatsApp 51-99113-0101 informando seu nome completo, o local e a cidade do registro.

Termos “lua azul” e “superlua” não são definições científicas

O termo “superlua” foi criado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979. Na revista periódica americana Dell Horoscope, que não existe mais, ele escreveu que receberia o selo “super” uma lua cheia que ocorre com a lua no perigeu ou até 90% próxima desse ponto. Não está claro por que ele escolheu o corte de 90% em sua definição.

Como o termo não é originalmente científico, instituições astronômicas podem divergir sobre a distância da Lua em relação à Terra que caracteriza a superlua.

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