Sociedade Gaúcha de Infectologia defende flexibilização do uso de máscaras

“Recomendação deve ser considerada no contexto epidemiológico em que se encontra a covid-19, podendo ser revista, em caso de mudança significativa no cenário”, aponta nota da entidade médica

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Imagem meramente ilustrativa

A Sociedade Gaúcha de Infectologia (SGI) divulgou uma nota, na manhã desta quinta-feira (10), em que aponta para flexibilização do uso de máscaras no Estado. Considerando o atual momento da pandemia de covid-19, a entidade médica recomenda a dispensa de obrigatoriedade da proteção em ambientes externos e ventilados, assim como em locais fechados, com análise de cada caso.

“Vivemos uma nova fase epidemiológica da covid-19, caracterizada por uma marcada redução no número de casos novos da doença, os quais usualmente são brandos. Paralelamente, tem havido uma progressiva redução no número de leitos hospitalares ocupados pela doença, incluindo leitos de terapia intensiva, com consequente redução no número de óbitos. Assim, em um cenário de crescente vacinação, a Sociedade Gaúcha de Infectologia entende que é chegado o momento de flexibilizarmos o uso de máscaras, especialmente para ambientes externos, ventilados”, diz a nota assinada pelo presidente da SGI, Alessandro Pasqualotto, em nome da diretoria.

No entendimento da SGI, para ambientes internos, o momento é também favorável à flexibilização, devendo esta medida, no entanto, ser individualizada. “Máscaras são ainda preconizadas em ambientes hospitalares, bem como para pacientes que estejam sob risco mais elevado de apresentar complicações pela covid-19, incluindo imunodeprimidos, doentes com outras comorbidades e indivíduos idosos”, afirma o texto.

A Sociedade Gaúcha de Infectologia salienta que a retirada da obrigatoriedade do uso de máscaras está relacionada aos esforços para a vacinação da população contra o coronavírus.

“Frente ao atual status de vacinação da população, e considerando que muitas pessoas se infectaram no início de 2022, é de se supor que seguiremos protegidos de novos picos da doença, pelo menos no médio prazo. Evidentemente, o sucesso desta proteção guarda íntima relação com a efetividade de nossos esforços pró-vacinação”, avalia a entidade.

A nota também pondera que “as máscaras poderão seguir sendo usadas por aqueles que assim preferirem, mas como medida de proteção populacional o uso das máscaras não parece se justificar”.

O fim da obrigatoriedade das máscaras depende de decisão do governo do Estado. Nessa quarta-feira (09), o poder executivo informou que o Gabinete de Crise para Enfrentamento da Pandemia encomendou aos técnicos do Comitê Científico um estudo para mudar de obrigação para recomendação o uso de máscara em ambientes ao ar livre. Segundo o governo, não há prazo para definição e possível mudança.

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