Senado: eleitos tomam posse, e Rodrigo Pacheco vence disputa pela presidência da Casa

Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente; Hamilton Mourão (Republicanos) ingressa na bancada gaúcha

Compartilhe

Foto: Pedro França / Agência Senado

Assim como os 513 deputados federais, os 27 senadores eleitos em outubro do ano passado tomaram posse nesta quarta (1º). A posse, realizada no plenário do Senado, ocorreu na chamada reunião preparatória para a primeira sessão legislativa. Nas eleições passadas um terço da Casa foi renovado. Os outros dois terços serão renovados em 2026. Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente.

Cada um dos 27 senadores eleitos no ano passado firmaram, em poucas palavras, seu compromisso com o país e com seus estados. Foi uma sessão curta, de ritos protocolares, que durou cerca de meia hora.

Alguns senadores eleitos foram escolhidos pelo presidente Lula para compor o primeiro escalão do governo. Flávio Dino (PSB-MA) foi escolhido ministro da Justiça; Wellington Dias (PT-PI) é o novo ministro do Desenvolvimento Social; Camilo Santana (PT-CE), o ministro da Educação; e Renan Filho (MDB-AL), ministro dos Transportes.

Segundo a Constituição, o parlamentar que assume cargo de ministro não perde o mandato no Congresso Nacional. Logo após serem empossados como senadores, os quatro devem retornar aos ministérios e deixar as cadeiras com os suplentes de cada chapa.

Vice-Presidente da República até 31 de dezembro, o senador Hamilton Mourão (Republicanos) foi o único eleito pelo Rio Grande do Sul no último pleito, com 2.593.294 votos. Ele integrará a bancada gaúcha no Senado com Luiz Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT).

“Uma tarefa desafiadora e que pretendo cumprir dentro dos princípios e valores daqueles que creem em Deus e que acreditem na liberdade individual. Estarei aqui no Senado buscando impedir qualquer pauta que seja esquerdizante, mas apoiando as reforças estruturais e aquilo que gere emprego e renda para o nosso Rio Grande do Sul e o Brasil […] e as iniciativas que nos deem saúde e educação de qualidade, bem como, o direito de sair à rua sem sentir medo, segurança pública para todos”, afirmou Mourão em um vídeo divulgado em suas redes sociais.

O Senado é composto por 81 parlamentares. Cada estado tem três representantes na Casa — assim como o Distrito Federal. As bancadas são renovadas de quatro em quatro anos, de forma alternada: em uma eleição são escolhidos 27 senadores (um terço do total) e, na seguinte, 54 parlamentares (dois terços).

Pacheco segue na presidência

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente do Senado pelos próximos dois anos. Ele derrotou Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Podemos-CE). Esse último chegou a discursar como candidato, mas retirou sua candidatura em seguida para apoiar Marinho.

Pacheco venceu por 49 votos contra 32. Não houve votos em branco. O resultado não trouxe grandes surpresas em relação às estimativas prévias. Pacheco tinha apoio da maioria dos partidos da Casa, inclusive o PT, MDB e seu partido, o PSD, duas das maiores bancadas.

Rodrigo Pacheco, presidente reeleito do Senado. Foto: Geraldo Magela / Agência Senado

Em seu pronunciamento após a recondução ao cargo, Pacheco condenou o que chamou de “polarização tóxica” vigente no Brasil. Atribuiu a ela os atos terroristas na Esplanada dos Ministérios em 8 de janeiro e afirmou que tais acontecimentos “não podem e não vão se repetir”.

“Os brasileiros precisam voltar a divergir civilizadamente, precisam reconhecer com absoluta sobriedade quando derrotados e precisam respeitar a autoridade das instituições públicas. Só há ordem se assim o fizerem. Só há patriotismo se assim o fizerem. Só há humanidade se assim o fizerem”, disse o presidente reeleito, que também atribuiu à classe política a responsabilidade de combater práticas antidemocráticas.

com informações da Agência Brasil

Compartilhe

Postagens Relacionadas