A Operação Petros da Polícia Federal (PF), deflagrada na semana passada, aponta para a participação de pelos menos seis moradores de Torres em uma quadrilha internacional de tráfico de drogas. Quatro pessoas foram presas na cidade do Litoral Norte na última quarta-feira (29) e outras duas foram detidas em flagrante com drogas ao longo da investigação em dezembro de 2016 e no início de março deste ano.
Na semana passada, os agentes federais cumpriram três mandados de prisão temporária e um de prisão preventiva em Torres. Entre os presos estão dois empresários. No município a PF apreendeu duas armas, munição e um colete a prova de balas. No dia 15 de dezembro, outro morador da cidade foi flagrado transportando 16 quilos de drogas em São Luiz Gonzaga, na região das Missões.
Ainda durante a investigação, outro torrense foi preso em flagrante ao entregar nove quilos de maconha e cocaína para um casal de traficantes da cidade de São Marcos, na Serra Gaúcha. O trio foi preso pela PF com apoio da Brigada Militar na BR-101, depois de perseguição e tiroteio na madrugada do dia 04 de março. Os nomes dos presos não foram divulgados.
Operação Petros
A Polícia Federal deflagrou na quarta-feira (29/03) a Operação Petros, para desarticular organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Mais de 100 policiais federais cumpriram 19 mandados de busca e 14 de prisão nas cidades gaúchas de Santo Antônio das Missões, São Borja, Santo Ângelo, Três Passos e Torres; além de Garopaba/SC e Ponta Porã/MS. A Polícia Federal também representou pelo sequestro de bens e contas bancárias da organização, cujo patrimônio estimado pode chegar a R$ 2 milhões.
A droga era adquirida pelo grupo no Paraguai e ingressava no Brasil pela região de Ponta Porã para ser distribuída principalmente nas cidades de Torres, Santo Antônio das Missões e Garopaba.
No curso das investigações, cinco integrantes da organização foram presos em flagrante por tráfico de drogas e apreendidos mais de R$ 150 mil em dinheiro, além de drogas e veículos. Os presos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
O nome da operação foi inspirado no grego antigo pétros, que significava pedaço de pedra, fragmento de rocha, uma referência às pedras e tijolos, como comumente são embaladas as drogas.