Secretaria da Saúde confirma mais três mortes por dengue no RS

Estado já confirmou mais de 10 mil casos da doença somente neste ano.

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Imagem meramente ilustrativa

A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul (SES) confirmou neste sábado (23) mais três mortes por dengue no Estado. Ao todo são oito óbitos causados pela doença neste ano, além de mais de 10 mil casos confirmados.

Os novos números divulgados pela SES aumentam a preocupação no RS, que está em alerta máximo contra a doença desde a última quarta (20). As mortes mais recentes confirmadas aconteceram com moradores de Horizontina (segundo ocorrido na cidade), Dois Irmãos e Boa Vista do Buricá. Antes desses, já haviam sido confirmados óbitos em residentes de Chapada, Cristal do Sul, Horizontina, Jaboticaba e Igrejinha. No ano passado, ao todo, o Rio Grande do Sul registrou 11 óbitos pela doença. Em 2020, foram seis.

Conforme a pasta, o Estado possui neste momento 442 municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. É o maior número de cidades nessa situação na série histórica do monitoramento, realizado desde 2000.

Na comparação com o mesmo período do ano passado (primeiras 15 semanas do ano), 2022 já tem mais do que o dobro do número de casos autóctones confirmados (quando contaminação acontece dentro do RS). Foram 3.906 casos ano passado contra 10.536 este ano. Esse ano registrou ainda mais 1,9 mil casos importados, quando a pessoa reside no RS mas a infecção pela doença ocorreu em outro estado.

Dos casos autóctones confirmados este ano, 61% estão concentrados em oito cidades: Porto Alegre (1.504 casos), Lajeado (1.215), Parobé (885), Igrejinha (801), Rodeio Bonito (716), Arroio do Meio (495), Dois Irmãos (475) e Estância Velha (380).

Como prevenir

O expressivo número de casos e a larga distribuição do inseto pelo Rio Grande do Sul levam a SES a reforçar junto a população as medidas de prevenção. A principal ação é a eliminação de locais com água parada, que servem de pontos para o desenvolvimento das larvas do mosquito. Essa proliferação acontece em maior volume nesta época do ano, que alia temperaturas altas com chuvas mais recorrentes.

O Aedes aegypti tem em média menos de um centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. O mosquito costuma ter sua circulação intensificada no verão, em virtude da combinação da temperatura mais quente e chuvas. Para se reproduzir, ele precisa de locais com água parada. Por isso, o cuidado para evitar a sua proliferação busca eliminar esses possíveis criadouros, impedindo o nascimento do mosquito.

Sobre a dengue e os sintomas

A dengue se manifesta como uma doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (maior que 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.

Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

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