O surgimento de centenas a milhares de peixes mortos na beira da praia de Capão da Canoa preocupou banhistas e quem circula na orla do município do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A partir dos relatos, órgãos ambientais foram mobilizados para analisar o caso.
Na manhã desta quarta-feira (18), policiais do 1º Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM) realizaram averiguação entre a área central do munícipio e o distrito de Curumim. As biólogas Marisa Freitas e Eliziane Mello, da Prefeitura de Capão da Canoa, também analisaram a situação e realizaram uma avaliação técnica inicial.
Parte dos peixes mortos foi recolhida pelos PMs e encaminhada para análise do Centro de Estudos Costeiros Limnológicos e Marinhos (Ceclimar / UFRGS), em Imbé.
A conclusão preliminar das biólogas da prefeitura é de que os peixes não apresentavam características de morte por alterações químicas/físicas no ambiente marinho, já que não havia nenhum animal morto na água. As profissionais também observaram que não ocorreu a continuidade de mortes ao longo do dia.
“A probabilidade maior é que a maré tenha subido e o cardume de peixes, em fase de crescimento, ficou retido na areia com a descida da maré. A fase de crescimento comporta um número maior de espécimes nos cardumes, que buscam nas águas superficiais o alimento e, ao serem perseguidos pelos predadores e/ou ondas marinhas, acabam por serem levados às margens e impedidos de retornar ao mar, devido à existência da maré modificada de forma abrupta”, apontam as biólogas Marisa e Eliziane.
As profissionais seguirão o acompanhamento para apurar possíveis novos episódios de mortandade de peixes na praia de Capão da Canoa. Caso necessário, será realizada uma avaliação mais detalhada.