Projeto Alquimia II destina celulares apreendidos a estudantes de Torres

Iniciativa do Ministério Público se tornou política institucional do órgão

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Foto: Divulgação / MPRS

Alunos da rede pública municipal de Torres receberão, nos próximos dias, novos aparelhos celulares oriundos de apreensões em processos criminais. A destinação para os alunos da rede pública faz parte do Projeto Alquimia II, iniciativa da Promotoria de Justiça de Osório e que se tornou política institucional do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).

O promotor de Justiça Vinícius de Melo Lima foi o responsável por entregar os 20 aparelhos celulares à Secretaria Municipal de Educação (SME) de Torres, na tarde da última sexta-feira-feira (29). Os aparelhos foram apreendidos em ações onde houve a perda do bem por determinação judicial.

Na oportunidade, o diretor pedagógico Alceu de Matos Scheffer, representando a SME, ressaltou a importância do ato para fomentar o acesso dos alunos às pesquisas e demais atividades escolares, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade social.

Participaram da entrega representantes da Secretaria Municipal da Educação e de integrantes da 3ª e 4ª Promotorias de Justiça de Torres.

Sobre o Alquimia

Idealizado pelo promotor Fernando Andrade Alves, da Justiça Criminal de Osório, o Alquimia II foi iniciado em 2020 no sistema prisional de Osório, destinando, à época, 40 celulares aos estudantes de Maquiné e Osório.

Os aparelhos celulares, apreendidos nos presídios e em outras operações policiais, foram formatados e destinados para crianças e adolescentes acompanharem as aulas de forma íntegra utilizando a tecnologia. A iniciativa foi potencializada no período da pandemia da Covid-19, quando o acesso às aulas se dava quase que exclusivamente por meio remoto.

Com a dificuldade para encontrar mão de obra para realização do serviço, um termo de cooperação foi assinado com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em 2021, para agilizar a restauração dos celulares.

“Algo que era considerado lixo, um objeto que não deveria estar onde foi apreendido, e agora é transformado em educação. Uma verdadeira alquimia”, resumiu o promotor, à época, ao portal Litoral na Rede.

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