Produtores rurais encontram explosivos de caças da FAB em municípios do Litoral Norte

Força Aérea confirmou que dispositivos foram usados em treinamentos e orienta que não sejam manuseados; veja vídeo da detonação

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Flare foi encontro por agricultor em Palmares do Sul.

Ao menos três explosivos de caças da Força Aérea Brasileira (FAB) foram encontrados em propriedades rurais do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A Brigada Militar (BM) foi acionada por agricultores que localizaram os dispositivos, chamados de flares, em Capivari do Sul e Palmares do Sul.

Os casos aconteceram nas últimas semanas, conforme informações obtidas pelo Litoral na Rede. No último dia 3 de outubro, um produtor rural de Capivari do Sul se deparou com dois desses explosivos enquanto trabalhava na propriedade com um trator. Ele levou os materiais para casa e chamou a BM.

Três dias depois, em 6 de outubro, outro agricultor encontrou um flare em sua propriedade, na Estrada São Pedro Simão, em Palmares do Sul.  A BM também foi avisada.

O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), major Luiz César, informou ao Litoral na Rede, que, nas duas situações, os policiais militares isolaram a área e acionaram o Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Especiais  (BOPE) para realizar a detonação dos explosivos. O oficial recomenda que as pessoas não manuseiem e não levem para suas casas este tipo de material e que a BM pode ser acionada pelo telefone 190.

A equipe de reportagem do Litoral na Rede também entrou em contato com a assessoria de imprensa da Aeronáutica. A foto de um dos flares foi enviada à FAB, que, em nota, informou que “o objeto em questão trata-se de um flare e foi utilizado pelo 1°/14° Grupo de Aviação em treinamentos”. Esse Grupo de Aviação também é conhecido como Esquadrão Pampa.

A Aeronáutica diz ainda que “a condição do flare encontrado pela população está dentro do previsto para a operação de tal dispositivo”.

Veja vídeo da detonação de um dos explosivos:

Sobre os explosivos encontrados pelos agricultores, a FAB informou que “flares são dispositivos despistadores do espectro infravermelho, cujo objetivo é confundir o sistema de mísseis guiado por calor.

Assim que um piloto suspeita da aproximação de um míssil guiado por calor, lança os flares, com o objetivo de que o míssil pare de perseguir o calor do motor da aeronave e mude sua direção, seduzido pela queima do flare”.

A nota reitera que o V Comando Aérea Regional  (COMAR) orienta que, caso encontrado, o flare não deve ser manuseado. Outra recomendação é que seja feito contato com o Oficial de Permanência Logística, para que seja providenciado o correto recolhimento do item. O telefone de contato é o (51) 99268-3823.

O Litoral Norte do Rio Grande do Sul é uma área onde são realizados treinamentos com essas aeronaves.  No dia 20 de setembro, cerca de duas semanas antes da localização dos explosivos, houve um exercício com caças F-5 na região. Na ocasião, as aeronaves chegaram a romper a barreira do som e, em função disso, moradores de várias cidades relataram ter ouvido fortes estrondos.

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