O prefeito de Torres, Carlos Souza (PP), e a secretária municipal da Saúde, Suzana Machado, estão entre os alvos de operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quarta-feira (04). A informou foi confirmada pela própria Prefeitura de Torres, em nota emitida no final da manhã.
Segundo a PF, a Operação Quia Prius apura possíveis crimes relacionados a licitações e desvios de verbas públicas envolvendo a administração municipal de Torres. Cerca de 40 agentes estão cumpriram nove mandados de busca e apreensão.
Em Torres, ordens judiciais foram cumpridas inclusive na residência e na empresa do prefeito. As ações também se estenderam às cidades de Xangri-Lá, Arroio do Sal, Porto Alegre, São Leopoldo, no RS, e Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
A investigação teve início a partir de suspeitas de irregularidades na adesão da Prefeitura de Torres a uma Ata de Registro de Preços de outra administração municipal. Essa adesão resultou na contratação de uma empresa que presta serviços médicos para ambas as prefeituras.
Conforme a PF, os indícios apontam que as irregularidades não se limitaram à contratação inicial, mas também envolvem sobrepreço nos serviços, falhas na fiscalização e prorrogações contratuais marcadas por irregularidades.
Em nota, a prefeitura de Torres informou que se trata de uma adesão de uma ata de contrato da área da saúde da Prefeitura de Cidreira, datada de 2017, referente à prestação de serviços médicos. E salienta que o contrato não está mais vigente.
Também confirma que além do prefeito e da secretária, alguns servidores públicos foram alvos da ação. “As informações que foram divulgadas pela imprensa na manhã de hoje são as mesmas às quais tivemos acesso até o momento. Estamos empenhados em contribuir e esclarecer o ocorrido com a maior brevidade possível”, disse o prefeito de Torres.
Veja nota da Prefeitura de Torres sobre a operação
Prefeitura de Torres informa sobre operação policial e reitera transparência
A Prefeitura de Torres esclarece sobre a operação da Polícia Federal ocorrida na manhã de hoje, 4 de dezembro, durante a qual foram realizadas buscas e apreensões relacionadas à adesão de uma ata de contrato da área da saúde da Prefeitura de Cidreira, datada de 2017, referente à prestação de serviços médicos. A Prefeitura informa ainda que o contrato em questão não está mais vigente, tendo sido encerrado em meados de 2022.
O Prefeito Carlos Souza, a Secretária de Saúde, Suzana Machado, e alguns servidores da pasta foram alvos de busca e apreensão de bens.
Segundo informações, o processo foi iniciado pelo Ministério Público local, que transferiu a competência para a esfera federal em razão do uso de recursos federais.
O Prefeito Carlos mantém os compromissos na sede da Prefeitura Municipal, juntamente com os secretários, e afirma: “As informações que foram divulgadas pela imprensa na manhã de hoje são as mesmas às quais tivemos acesso até o momento. Estamos empenhados em contribuir e esclarecer o ocorrido com a maior brevidade possível”.