Polícia prende mãe e padrasto de menino de dois anos morto em Cidreira

Criança foi levada sem vida ao Posto de Saúde 24h na última sexta-feira; investigação confirma que morte foi violenta

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Policiais prenderam a mãe o padrasto do menino de dois anos morto em Cidreira. Foto: Polícia Civil

Policiais civis prenderam, na manhã desta terça-feira (18), um casal suspeito de ter matado um menino de apenas dois anos de idade, em Cidreira, na semana passada. A mãe e o padrasto da criança tiveram a prisão temporária decretada pela justiça a partir da investigação realizada desde o fim de semana pela equipe da Delegacia de Polícia do município do Litoral Norte.

O menino foi levado morto para o Posto de Saúde 24h no fim da tarde de sexta-feira (14). Ao constatarem lesões no corpo da criança, os profissionais da unidade chamaram a Brigada Militar e Conselho Tutelar. Segundo a Polícia Civil (PC), os exames realizados pelo Departamento Médico Legal apontam que houve agressões.

“Preliminarmente, apurou-se que a criança foi vítima de morte violenta, e não morte natural. Foram encontradas múltiplas equimoses [termo médico para definir as manchas roxas comumente chamadas de hematomas], nos mais variados estágios, o que pode demonstrar que a criança já vinha sofrendo agressões há algum tempo, além de fraturas em ambos os braços e lesões em órgãos internos, como estômago, baço e na região pleural”, informou o delegado Rodrigo Nunes, titular da Delegacia de Cidreira.

Conforme a PC, várias perícias foram solicitadas ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para completa elucidação do caso. A conclusão dos trabalhos ainda não ocorreu. “As diligências realizadas até o momento pela polícia infirmam e contradizem as versões apresentadas pelos suspeitos, os quais deverão ser novamente interrogados no curso das investigações”, apontou o delegado.

Nunes explicou que o casal ficará à disposição da justiça pelo prazo de 30 dias, enquanto a investigação prosseguirá para elucidar todas as circunstâncias deste crime. A Polícia Civil também apura uma eventual responsabilidade de outras pessoas que possam ter sido coniventes com as agressões e, consequentemente, com o crime.

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