
A Polícia Civil (PC) identificou cerca de R$ 3 milhões em contas bancárias utilizadas por criminosos virtuais para se beneficiar da onda de solidariedade durante a calamidade pública no Rio Grande do Sul. Os valores foram bloqueados a partir das investigações.
Segundo a PC, já foi possível a retirada do ar de 15 páginas criminosas, criadas com o fim exclusivo de induzir a erro a população. Os estelionatários criaram canais de doação como se fossem para auxiliar as vítimas da tragédia.
Um grupo de delegados e agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) atua em uma força-tarefa para reprimir práticas criminosas virtuais que se utilizem da atual situação do Estado para obter vantagens.
Em uma semana, a equipe analisou 45 casos, sendo que 25 já foram concluídos. Os demais tiveram inquéritos abertos e são realizadas diligências para responsabilizar os criminosos.
Além das fraudes, as “fake news” também são alvo da força-tarefa. Foram identificadas 35 postagens em redes sociais como Instagram e X, o antigo Twitter, que disseminavam conteúdo falso, fantasioso e/ou ofensivo, causando desinformação na população em geral e desencorajando que os cidadãos contribuíssem para campanhas de arrecadação de mantimentos e valores.
As postagens somavam cerca de 80 milhões de visualizações e foram excluídas das redes por ordem judicial a partir de representação da autoridade policial.