Polícia confirma que sogro de mulher suspeita de envenenar bolo também ingeriu arsênico

Resultado da perícia apontou que Paulo Luiz dos Anjos ingeriu arsênico antes de falecer, em setembro

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Foto: Divulgação / Polícia Civil

A perícia confirmou que Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar um bolo de Natal que causou a morte de três pessoas em Torres, também ingeriu arsênico antes de falecer. A informação foi anunciada pela Polícia Civil (PC) em coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (10).

Paulo morreu em setembro após consumir alimentos que teriam sido levados por Deise à sua casa, em Arroio do Sal. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizou a exumação do corpo de Paulo na última quarta-feira (08) e encontrou vestígios de arsênico em suas vísceras.

De acordo com as investigações, Deise teria levado bananas e leite em pó à casa dos sogros durante uma visita. Após consumir os alimentos, Paulo começou a apresentar sintomas graves, como vômitos, diarreia e sangramentos estomacais, sendo levado ao hospital, mas não resistiu. À época, sua morte foi atribuída a uma suposta intoxicação alimentar.

As suspeitas contra Deise surgiram após o trágico episódio do bolo de reis, feito por Zeli dos Anjos, esposa de Paulo, e sogra de Deise. A polícia concluiu que o bolo continha arsênico, supostamente adicionado à farinha pela própria Deise, o que resultou na morte de duas irmãs de Zeli e de uma sobrinha.

A investigação também descobriu que a relação entre Deise e os sogros era conflituosa há décadas, conforme depoimentos obtidos pela polícia. Esses relatos contribuíram para redirecionar a atenção das autoridades, que inicialmente desconfiavam de Zeli. A exumação do corpo de Paulo reforçou as suspeitas de que ele pode ter sido a primeira vítima de uma sequência de envenenamentos atribuídos à nora.

A Polícia Civil (PC) e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) estão apresentando, na sede da Delegacia de Polícia Regional de Capão da Canoa, novidades sobre o caso nesta manhã. Participam da coletiva o secretário da Secretaria de Segurança Pública do RS, Sandro Caron, o subchefe da PC, delegado Heraldo Guerreiro, e a diretora-geral do IGP, perita Marguet Mittmann, juntamente com policiais da região.

Confira trechos da coletiva:

“As provas colhidas até o momento nos convencem de que, a suspeita, Deise (Moura dos Anjos) passou a ser considerada autora desses crimes e, provavelmente, não sairá da cadeia nesta vida”, diz o delegado Cleber Lima, diretor do Departamento de Polícia do Interior.

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