Pedofilia em Imbé: digital influencer é presa por explorar sexualmente da filha

Polícia Civil identificou que empresário preso em abril no Litoral Norte teria pago a outras mães para abusar de meninas; veja os prints das conversas

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Imagens: Polícia Civil / Arte: Litoral na Rede

A análise do telefone celular do empresário da área de tecnologia da informação, preso no fim de abril, em Imbé, por abusar de crianças com o consentimento da mãe, revelou que o caso não foi isolado. A Polícia Civil (PC) confirmou, a partir do trabalho do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que o homem, de 41 anos, manteve contato com outras mulheres e acertou pagamentos para manter relações com suas filhas.

A partir da análise de telefones apreendidos, a 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente, do Departamento Estadual de Proteção aos Grupos de Vulneráveis, realizou, nesta quarta-feira (16), a segunda fase da Operação La Lumière (“A Luz” – remetendo à operação Luz da Infância).

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Alvorada e Cachoeirinha.  Nesta última cidade, uma mulher, que é influenciadora digital, de 26 anos, foi presa preventivamente e conduzida para o presídio.

Segundo a PC, ela deve responder por favorecimento da prostituição ou exploração sexual de criança e adolescente, estupro de vulnerável e armazenamento pornografia infantil. A presa é mãe de uma menina, de 7 anos de idade, que também teria sido abusada pelo empresário.

Foto: Polícia Civil

Em Alvorada, uma mulher de 23 anos, mãe de duas meninas de 1 ano e outra de 3 anos e meio, que também teriam sido vítimas dos abusos, não foi localizada. Ela teria fugido ao tomar conhecimento da ordem de prisão. Horas após a operação, a mulher se entregou com a presença de um advogado e acabou presa.

As três crianças, filhas das duas mulheres, serão encaminhadas para perícia psíquica e verificação de violência sexual. Em Porto Alegre, as buscas foram na empresa do suspeito, que usava um imóvel na beira-mar de Imbé para abusar das meninas.

Primeira fase da operação

A primeira fase da operação, ocorreu no dia 24 de abril, em Imbé e Porto Alegre. No município do Litoral Norte, o empresário foi preso. Na Capital, ocorreu a prisão de uma mulher, mãe de três meninas de 8, 10 e 12 anos de idade, que teriam sido abusadas pelo pedófilo.

Em Imbé, naquele dia, buscas foram realizadas nos imóveis do investigado, tanto em sua residência principal, como também, em seu apartamento à beira-mar. Nos locais, foram apreendidos diversos instrumentos sexuais, localizados medicamentos calmantes de venda controlada, possíveis dopantes, como outros acessórios que indicavam sua preferência sexual por crianças.

Também foram apreendidos telefones celulares, HDs e computadores. Conforme a PC, foi constatado o armazenamento de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e o histórico de todas as conversas com a acusada, mãe das menores.

Com a extração realizada pela equipe de Informática do IGP foram localizadas diversas conversas entre os investigados negociando os encontros, com pagamentos no formato de “cardápio”, além de outras mensagens trocadas com mais mulheres.

Segundo a delegada Camila Franco Defaveri, pode-se confirmar que se trata de um criminoso contumaz, que buscava conhecer mulheres em ONGs e  instituições de amparo. “Além disso, vale-se de sites de prostituição para conhecer outras pessoas, sempre do sexo feminino, com filhos menores, crianças de 0 a 12 anos, onde opta por convidá-las para participação de encontros familiares, demonstrando boas intenções, ao solicitar PIX para imediato depósito”, detalhe.

A delegada explica, que em seguida, iniciam as combinações, com tabelas de valores a serem pagos por ele para a prática de determinados atos com as meminas. “O cardápio com valores dos abusos, inclusive, com imagens de animes, já com o modelo do abuso. Após, combinado os valores, marcam o encontro, em locais reservados, em hotéis nas cidades ou em uma de suas residências em Imbé”.

O empresário e a mãe das três meninas, presos, em abril seguem recolhidos no sistema prisional.

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