Padrasto é indiciado por tortura e assassinato de menino de dois anos em Cidreira

Polícia Civil conclui o inquérito e também responsabilizou a mãe da criança

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Anthony Chagas de Oliveira, de dois anos, foi levado morto para o Posto de Saúde 24h no fim da tarde do dia 14 de outubro. Foto: reprodução Facebook

A equipe de Delegacia de Polícia de Cidreira concluiu, na tarde desta sexta-feira (25), o inquérito sobre a morte do menino Anthony Chagas de Oliveira, de dois anos. Segundo a investigação, a criança sofria uma série de agressões por parte do padrasto e foi espancada e morta por ele em outubro.  A Polícia Civil também responsabilizou a mãe, considerando que ela sabia da violência praticada contra o filho e se omitiu.

O delegado Rodrigo Nunes apontou que os laudos periciais auxiliaram no esclarecimento do caso. “A perícia confirmou a causa da morte como politraumatismos contusos, sendo identificadas, na vítima, diversas lesões nos órgãos internos, escoriações e hematomas por todo o corpo, além de fraturas em ambos os braços”, disse.

O jovem, de 21 anos, foi indiciado por homicídio qualificado, por motivo fútil, por meio cruel, mediante meio que tornou impossível a defesa do menino e por ter sido praticado contra menor de 14 anos. Além disso, pesa o fato de o crime ter sido praticado pelo padrasto, que estava responsável pelo enteando na data da morte.

“Também foi apurado que a criança de longa data vinha sofrendo agressões constantes por parte do padrasto caracterizando também o crime de tortura”, explicou o delegado.

A investigação apurou que a mãe de Anthony não estava presente no momento do crime, mas sabia das agressões sofridas pelo filho e não agiu para impedi-las. Por isso, a mulher, de 26 anos, foi indiciada pelo crime de tortura por omissão.

O caso

Policiais prenderam a mãe o padrasto do menino de dois anos morto em Cidreira. Foto: Polícia Civil / arquivo

O menino foi levado morto para o Posto de Saúde 24h no fim da tarde do dia 14 de outubro. Ao constatarem lesões no corpo da criança, os profissionais da unidade chamaram a Brigada Militar e o Conselho Tutelar. A Polícia Civil iniciou a investigação, mas naquele dia, o casal foi ouvido e não houve prisão em flagrante.

No dia 18 de outubro, a Polícia Civil prendeu a mãe e padrasto temporariamente. As prisões foram convertidas em preventivas e eles permanecem no sistema prisional.

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