Operação da PF investiga crimes licitatórios envolvendo a Prefeitura de Torres

Mandados são cumpridos em três cidades do Litoral Norte e outros três municípios

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Polícia Federal deflagra operação em Torres. Foto: PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (4) a Operação Quia Prius, que apura possíveis crimes relacionados a licitações e desvios de verbas públicas envolvendo a administração municipal de Torres, no Rio Grande do Sul.

Cerca de 40 agentes da PF estão cumprindo nove mandados de busca e apreensão em diversas localidades. Além de Torres, policiais federais também atuam em Xangri-Lá, Arroio do Sal, Porto Alegre, São Leopoldo, no RS, e também em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Além das buscas, a operação visa ao cumprimento de ordens judiciais de bloqueio de valores em contas bancárias e aplicações financeiras, até o limite de aproximadamente R$ 760 mil. Também foram determinadas a apreensão de veículos avaliados em mais de R$ 100 mil e o bloqueio de direitos sobre imóveis de alto padrão.

As medidas judiciais foram autorizadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), uma vez que um dos alvos possui foro privilegiado em razão de sua função pública. A PF não informou o nome dos investigados.

A investigação teve início a partir de suspeitas de irregularidades na adesão da Prefeitura de Torres a uma Ata de Registro de Preços de outra administração municipal. Conforme a PF, essa adesão resultou na contratação de uma empresa que presta serviços médicos para ambas as prefeituras.

Os indícios apontam que as irregularidades não se limitaram à contratação inicial, mas também envolvem sobrepreço nos serviços, falhas na fiscalização e prorrogações contratuais marcadas por irregularidades.

Foto: PF

De acordo com a apuração, a principal empresa investigada, após o término de seu primeiro contrato com a Prefeitura de Torres, foi novamente contratada por dispensa de licitação. Nesse processo, outras empresas que apresentaram propostas mais vantajosas desistiram de maneira suspeita, alegando não ter condições de executar os serviços.

O termo “Quia Prius”, que dá nome à operação, é uma expressão em latim que significa “porque antes” ou “porque anteriormente”, geralmente presente em textos ou documentos jurídicos e históricos, sendo utilizada para introduzir uma razão ou justificativa relacionada a algo que ocorreu anteriormente.

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