Mulher que comunicou falso sequestro em Imbé será indiciada pela Polícia

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Policiais civis, militares e rodoviários foram mobilizados em três regiões do Estado devido ao falso sequestro. Foto: CRBM

Policiais civis, militares e rodoviários, com auxílio de até de um helicóptero, trabalharam durante quase toda a tarde desta quinta-feira (17) em busca de vítimas de um sequestro que, na verdade, não aconteceu. A ocorrência foi registrada por uma mulher, por volta das 14h, em Imbé. Ela relatou aos policiais que a filha de 15 anos e o neto de cinco anos foram levados pelo genro a força da casa da família no bairro Mariluz.

A mobilização policial não ocorreu apenas no Litoral Norte. Também foram realizadas diligências na região metropolitana e no Vale do Taquari. O delegado Valeriano Garcia Neto, que coordenou os trabalhos, explicou que todos os esforços foram realizados a partir da gravidade do crime registrado. “Não dava para cruzar os braços e esperar uma menina e um menino aparecerem mortos”, disse o delegado ao Litoral na Rede.

Com todas as forças de segurança mobilizadas, o carro usado pelo homem que, até então era considerado um sequestrador, foi abordado pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) na ERS-040, em Capivari do Sul, aproximadamente cinco horas depois, por volta das 19h. No veículo também estava a adolescente supostamente sequestrada.

Neste momento, o menino de cinco anos já havia sido localizado na casa da mãe biológica em Gravataí, na Grande Porto Alegre, onde foi deixado pelo homem acusado pela sogra de sequestro.

Policiais civis e o próprio delegado que comandou a investigação foram até a ERS-040 para buscar o homem e a adolescente. Foi quando começou uma reviravolta no caso. Enquanto seguiam com eles para a Delegacia de Imbé, os agentes descobriram que não se tratava de um sequestro e que o casal havia planejado fugir para viver um relacionamento não permitido pela família.

De acordo com o delegado Valeriano Garcia Neto, tanto o homem quanto a jovem confirmaram, em depoimento, o plano de fugirem juntos, ao contrário da informação inicial da mãe da garota de que ela teria sido retirada de casa a força. “Ele só levou o menino porque estava junto com a adolescente e o entregou para a mãe”.

A Polícia Civil apurou ainda que o homem tinha um relacionamento com a irmã da adolescente e não era pai do garoto levado para a Grande Porto Alegre. A garota foi entregue ao Conselho Tutelar porque, segundo o delegado, sofreu ameaça de morte por parte da própria mãe por causa da fuga.

Valeriano Garcia Neto informou ainda ao Litoral na Rede que o homem de 26 anos, foi ouvido e liberado após o depoimento. Ele será indiciado por subtração de incapaz, crime com pena de até dois anos de reclusão. Já a mulher que registrou o caso como sequestro será indiciada por falsa comunicação de crime.

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