A nova gestão do Hospital Tramandaí (HT) completa dois meses com a retomada de serviços que estavam paralisados e desafios para ampliar e qualificar o atendimento. Nesse período, foram restabelecidos o Centro Obstétrico, ambulatórios e foi reativada a terceira sala do Centro Cirúrgico.
O Instituto Maria Schmitt de Desenvolvimento de Ensino, Assistência Social e Saúde do Cidadão (Imas) administra o hospital, que é referência para o Litoral Norte do Rio Grande do Sul, desde 1º de junho. O diretor geral do HT, Rafael Cassiano Bonfada, recebeu a reportagem do portal Litoral na Rede e apontou as conquistas do trabalho realizado até agora e também falou sobre diversas medidas que ainda precisam ser adotadas.
“Nossa maneira do Imas de trabalhar é recuperando realmente as instituições que a gente faz a gestão. Então, o grande objetivo nosso aqui é fazer desse hospital um hospital de referência regional, com serviços realmente resolutivos que atendam toda a população da região”, afirmou o diretor.
Um dos principais avanços nesses dois meses foi a reabertura do Centro Obstétrico e Maternidade. Toda a área foi reformulada e passará a contar com entrada independente dos demais setores do hospital. O espaço possui quatro salas pré-parto, parto e puerpério (PPP). Esses quartos são projetados para que a mulher e seu acompanhante tenham um local preparado para todas as etapas do nascimento dos bebês.
Além disso, uma das três salas de cirurgia, que estava fechada, voltou a ser utilizada. Bonfada também destacou que estão sendo recuperados e adquiridos equipamentos essenciais para realização de procedimentos e diagnósticos, como dois novos aparelhos de Raio-X, um fixo e um móvel, e dois de ultrassom.
O conserto do aparelho de tomografia está programado, com a aquisição da peça que estava com problema já realizada. O equipamento é fundamental para retomada do serviço emergência em neurologia para casos de acidente vascular cerebral (AVC). Conforme o diretor do HT, a equipe para atuar nesta área já está sendo montada.
Os ambulatórios de especialidades médicas foram retomados em algumas especialidades, como ginecologia, ortopedia e cirurgia geral. Essas consultas são encaminhas pelas secretarias municipais de saúde.
Em agosto deve entrar em funcionamento o novo refeitório, em um prédio anexo que passou por reforma. Mas a estrutura física do hospital ainda é um dos maiores desafios, com problema antigos, como no telhado, causando goteiras em alguns espaços, e da rede elétrica.
“A gente está negociando para que os projetos que estavam parados, eles sejam retomados, que a gente continue com as reformas. É lógico que a gente precisa do apoio do Estado, como sempre foi dado desde que assumimos aqui. São grandes parceiros nossos e estão envolvidos também para resolver junto com a gente. Em termos de prazo, a gente quer fazer o quanto antes”, afirmou Rafael Bonfada.
Por fim, o diretor geral do HT afirma que a intenção do Imas é ampliar serviços. “A gente fez algumas propostas para o Estado para ter alta complexidade em ortopedia, ter serviços de bariátrica e também melhorar os serviços que temos tem aqui”, contou.
O hospital
O Hospital Tramandaí é um dos estabelecimentos de saúde de propriedade do Estado e sob gestão de terceiros. Em abril deste ano foi lançado o processo para a contratação emergencial de pessoa jurídica para atuar no local. O contratado foi o IMAS, que faz hoje o gerenciamento da estrutura física e de pessoal e a execução das atividades de prestação de serviços na área médico-hospitalar, viabilizando o funcionamento e garantindo o atendimento integral da população.
A entidade conta com 131 leitos SUS de internação, sendo habilitada como Centro de Atendimento de Urgência Tipo III aos pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), Hospital Dia – Aids, serviço hospitalar para tratamento da Aids, laqueadura, vasectomia, UTI Adulto Tipo II e UTI Neonatal Tipo II. Possui ainda as especialidades de neurocirurgia, traumatologia e ortopedia, pneumologia, nefrologia e obstetrícia, entre outros. Entre 2019 e 2023 registrou uma média de seis mil internações por ano.
