Com mar mais claro e o calor registrado na maioria dos dias deste início de verão, houve aumento das lesões por águas-vivas no mar do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS), os guarda-vidas registaram 4.939 casos, 13 vezes mais que no mesmo período da temporada passada, quando foram 380.
As águas-vivas possuem tentáculos com células urticantes que ao tocar a pele de banhistas, podem causar dor local, erupção cutânea, bolhas e vermelhidão. Conhecidas como mães d’água ou caravelas, as águas-vivas são animais aquáticos e de aparência frágil, porém constituídos de estruturas que parecem queimar.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES), por meio do Centro de Informação Toxicológica (CIT) alerta para a necessidade de atenção à presença das águas vivas no litoral gaúcho. Crianças estão entre as mais afetadas, por permanecerem mais tempo na água.
“No verão, a temperatura do mar do Rio Grande do Sul está um pouco mais aquecida o que favorece a proliferação do fitoplâncton (alimento destes animais) e possibilita também a reprodução destes cnidários”, aponta a SES.
Atendimento
A orientação da área técnica do CIT/RS é que o primeiro atendimento realizado pelo guarda-vidas na praia já é o suficiente para esses casos. Lavar o local atingido com água do mar (não lavar com água doce), remover suavemente os tentáculos aderidos na pele, (não esfregar o local).
Também é recomendável banhos e compressas com vinagre, aplicação de bolsas de gelo em gel, restringir o movimento da área afetada, acalmar a vítima e, se necessário, procurar auxílio médico. Não devem ser aplicadas substâncias sem indicação médica nem pisar ou manipular animais mortos na beira da praia, pois eles ainda podem causar acidentes.
Em caso de acidente ligue: 0800 721 3000
