Fepam afirma que Lagoa dos Barros não tem mais cianobactérias

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Equipe da Fepam realiza monitoramento na Lagoa do Barros. Foto: Divulgação Fepam

A coloração diferente da água da Lagoa dos Barros ascendeu um sinal de alerta no fim do mês de fevereiro. Desde o início de março, técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) passaram a monitorar e fazer coletas semanais para análise da água em laboratório. A boa notícia é que nos testes mais recentes não foi constatada a presença de cianobactérias na lagoa.

As análises são feitas pela equipe da Divisão de Laboratórios (Dilab) da (Fepam). A última coleta foi realizada na quinta-feira (19/03). As equipes que foram até a lagoa também constataram a normalização da coloração da água.

Conforme a Fepam, a proliferação expressiva de cianobactérias, que se encontravam em um período de floração liberando toxinas, foi o motivo da cor azulada da água da lagoa, localizada nos municípios de Santo Antônio da Patrulha e Osório.

As análises iniciaram no dia cinco de março. “Conforme protocolo para casos extremos recomendado por órgãos reguladores, realizamos coletas semanais enquanto houve presença de cianobactérias. Na última semana a água já perdera a coloração azulada, demonstrando o que as análises de laboratório comprovaram a ausência total das bactérias”, explica o chefe do Departamento de Fiscalização (DF) da Fepam, Vagner Hoffmann.

A chefe da Divisão de Laboratórios (Dilab), Andrea Cassia de Melo Machado, afirma que, durante as análises qualitativas realizadas com microscópio, não foi identificada a floração vista nas semanas anteriores. Os grupos de algas predominantes nestas amostras foram as diatomáceas e as clorofíceas, que não representam riscos relacionados à produção de toxinas.

A normalização foi atribuída principalmente à melhora das condições climáticas, como aumento das chuvas e diminuição da temperatura. “Alguns fatores podem promover a proliferação das cianobactérias em ambientes aquáticos, tais como o calor e a insolação. Ao passo que a diluição e redução da floração em curto período de tempo pode acontecer em ecossistemas dinâmicos, em que fatores como chuva e vento variam muito”, ressalta a analista ambiental da Dilab, Nina Rosa Rodrigues.

A equipe da Fepam segue monitorando a Lagoa dos Barros. Um grupo com profissionais da Fundação foi criado para atualizar os estudos que já existem, elaborados por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) que orientam sobre a capacidade para recebimento de efluentes.

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