A possibilidade de transporte ferroviário de passageiros entre Porto Alegre e o Litoral Norte voltou à pauta e uma empresa confirmou a realização de estudos para implantar a nova ligação por trens. A informação foi dada pelo administrador da SulTrens, Renato Ely, em uma entrevista concedida na última sexta-feira (08) ao programa “Gaúcha Mais”, da Rádio Gaúcha.
A companhia que avalia o projeto de trens de passageiros entre a capital e a região litorânea é a mesma que, na última semana, recebeu autorização do governo do RS para operar o serviço entre Porto Alegre e Gramado, na região das Hortênsias, na Serra.
Sobre o trem de passageiros para o Litoral Norte, Renato Ely afirmou que “o projeto está esboçado”, porém explicou por que ainda não foi apresentado ao governo. “Nós ainda não estamos convencidos que esse projeto é viável, a demanda existe, o problema é a capacidade de pagamento”, ponderou.
O administrador da SulTrens apontou que há uma diferença expressiva em relação a possível tarifa a ser cobrada no trecho ferroviário para a Serra e para o Litoral, por um perfil de uso diferente. Pontuou que o turista que vai para a Serra tende a usar o serviço de forma mais esporádica, permitindo um valor maior.
“A pessoa que mora no litoral, vai e volta todo dia, a tarifa tem que ser compatível com essa capacidade de pagamento, mas nós estamos estudando isso”, disse Ely na entrevista, destacando que iniciou uma conversa com a concessionária da Freeway, a CCR ViaSul, sobre o projeto e que deve retomá-la.
Dois trajetos em análise
Renato Ely informou ainda que dois possíveis trajetos são analisados para o projeto da ferrovia para transporte de passageiros entre Porto Alegre e o Litoral Norte.
Um deles, em linha única, passaria pelos municípios de Osório, Tramandaí, Imbé, Xangri-Lá e Capão da Canoa. “Uma outra alternativa que também estudamos é um Y: Porto Alegre [a] Osório, ali uma bifurcação, e uma linha vai até Capão da Canoa e outra linha vai até a Tramandaí”, informou o administrador da SulTrens.
Conforme Ely, a avaliação de uma ferrovia com extensão maior, chegando a cidades como Arroio do Sal e Torres pode ser realizada oportunamente. “Nos números que a gente tem, ainda não estamos convencidos que é viável. O primeiro passo para gente convencer qualquer pessoa, é a gente estar convencido da viabilidade do projeto e ainda não estamos”, finalizou.
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