Eduardo Leite decreta estado de calamidade pública em todo o estado

Até o momento, 134 municípios já reportaram prejuízos e danos à infraestrutura decorrentes das fortes chuvas

Compartilhe

Eduardo Leite mostra mapa que indica mais chuvas. Foto: Mauricio Tonetto / Secom

O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em todo o estado por causa das fortes chuvas que atingem o estado desde 26 de abril (sexta-feira).

Assinado pelo governador Eduardo Leite, o decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial do estado na noite desta quarta-feira (1º). A medida estabelece que os órgãos e entidades da administração pública “prestarão apoio à população nas áreas afetadas” por “eventos climáticos como chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais”, causando “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, como a destruição de moradias, estradas e pontes”, além de comprometer o funcionamento de instituições públicas.

  • Quer receber as notícias publicadas no portal? Entre no grupo de WhatsApp do Litoral na Rede, clique aqui.

O decreto é válido por 180 dias e não impede que o governo estadual reconheça (homologue) decretos de calamidade pública declarados pelas prefeituras. Até o momento, 134 municípios já reportaram prejuízos e danos à infraestrutura decorrentes de alagamentos, transbordamento de rios, deslizamentos ou outras consequências das chuvas e da cheia de rios.

O decreto de estado de calamidade pública é o reconhecimento legal, pelo Poder Público, de uma situação anormal, provocada por desastres, e que causa sérios danos à comunidade afetada, inclusive à segurança e/ou à vida das pessoas.

O texto classifica a situação como um desastre do nível III, ou seja, de grande intensidade. O que significa que os danos já são vultosos, embora suportáveis e superáveis caso as comunidades e órgãos e entidades públicas estejam devidamente informadas, preparadas e mobilizadas e haja o necessário aporte de recursos financeiros. O decreto também permite ao governo adotar medidas administrativas para agilizar o processo de contratação de bens e serviços necessários para socorrer a população e recompor serviços e obras de infraestrutura essenciais.

Segundo o mais recente balanço da Defesa Civil estadual, divulgado na manhã desta quinta-feira (2), ao menos 13 pessoas já morreram em todo o estado devido às consequências das chuvas intensas, 21 estão desaparecidas e mais de 44,6 mil pessoas já foram de alguma forma afetadas em todo o estado.

O número de desalojados, ou seja, de pessoas que tiveram que deixar suas casas e buscar abrigo na casa de parentes, amigos ou em hospedagens pagas, já passa de 5.250, enquanto os que tiveram que buscar abrigos públicos ou de entidades assistenciais chegam a 3,07 mil.

Leia também

VÍDEO: veja projeção de chuva para os próximos dias no RS

Pista cede e carro cai em cratera em Arroio do Sal

Eduardo Leite alerta para “maior desastre da história” do RS

Por conta das chuvas, CBF suspende jogos de Grêmio, Inter e Juventude pelo Brasileirão

Cidades do Litoral Norte anunciam cancelamento das aulas em razão das chuvas; veja lista

“Estamos vivenciando uma situação de guerra no Rio Grande do Sul”, diz Eduardo Leite

Escolas estaduais não terão aulas nesta quinta e sexta-feira por causa das chuvas

Fortes chuvas causam destruições no RS; governo contabiliza 10 mortes

Por excesso de chuvas, CBF anuncia adiamento de Inter x Juventude

Vendavais, raios e granizo: saiba como se proteger durante tempestades

Compartilhe

Postagens Relacionadas