Em apenas três dias, entre sábado (13) e esta segunda-feira (15), 62 mortes por Covid-19 foram notificadas no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Além disso, nesse período, houve a confirmação de mais 978 casos casos da doença na região.
De acordo com o boletim do Comitê de Emergência (COE) da 18ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), apenas em Osório foram 12 mortes. Tramandaí registrou 10 óbitos. Em Imbé foram sete vítimas da doença.
Também falecerem seis moradores de Santo Antônio da Patrulha e outro seis de Torres, cinco de Capão da Canoa, quatro de Terra de Areia, três de Cidreira e três de Xangri-Là, dois de Arroio do Sal, um de Balneário Pinhal, um de Mampituba, um de Palmares de Sul e um de Três Cachoeiras.
Com isso, o número de mortes nos primeiros 15 dias do mês de março no Litoral Norte chegou a 203, média superior a 13 por dia. Os óbitos notificados em duas semanas representam quase 27% do total de mortes desde o início da pandemia, que já são 759.
Nesta primeira quinzena, foram 6.870 novos casos, superando as notificações de todo o mês fevereiro (6.620) e muito próximo da quantidade de exames positivos de dezembro (7.005), mês que, até então, era o mais grave da pandemia na região.
Incidência por 100 mil habitantes
O COE destacou que incidência da Covid-19 no Litoral Norte é quase o dobro da média do país. Na região, são mais de 10 mil casos da doença para cada 100 mil habitantes, enquanto a taxa brasileira é de 5.481 casos para cada 100 mil habitantes. E a do Rio Grande do Sul é de 6.622.
Colapso na saúde e espera por vaga em hospitais
O boletim aponta ainda que há 5.466 pacientes com a doença ativa e 304 internados. A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 98% e de leitos clínicos em 101%.
O aumento de vagas nos hospitais não foi suficiente para atender à demanda relacionado a pacientes contaminados pelo coronavírus. Por isso, 57 pessoas aguardam uma vaga em UTI e 42 esperam internação em leito clínico. A demora por transferências tem causado mortes de pacientes em emergências e pronto atendimentos.
“O COE Regional reitera que medidas mais restritivas à circulação das pessoas sejam adotadas, sob risco de ser tarde demais para adoção do LOCKDOWN”, afirma o boletim.
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