Corsan anuncia tecnologia israelense que faz mapeamento de vazamentos de água

Centro de Operações Integradas da Corsan mostra em tempo real situação de saneamento nas cidades

Compartilhe

Diretor-executivo da Corsan, José João de Jesus da Fonseca, explicou o funcionamento do Centro de Operações Integradas. Foto: Rafael Ribeiro / Litoral na Rede

A Aegea, controladora da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), apresentou para a imprensa o Centro de Operações Integradas (COI) e anunciou investimentos em tecnologia para identificar vazamentos na rede de água tratada. A equipe do Litoral na Rede participou do encontro, que ocorreu na tarde desta segunda-feira (18), na sede da empresa, em Porto Alegre.

O diretor-executivo da Corsan, José João de Jesus da Fonseca, explicou que o COI funciona 24 horas por dia, em equipes distribuídas em três turnos. Há operadores e supervisores para cada região. “São profissionais que trabalham para garantir a quantidade e a qualidade da água que nós distribuímos. Aqui, verificamos a capacitação, o tratamento, a distribuição, a pressão na rede e a qualidade da água, mas também o monitoramento de produtos químicos, equipamentos e segurança patrimonial, serviços e frotas”, explicou.

Fonseca afirmou que, em qualquer anomalia, um alarme é acionado para a equipe responsável pela região onde há o problema detectado. O serviço abrange todas as cidades onde a Corsan atua.

“Cabe a essa equipe tomar as medidas cabíveis, acionar o responsável pela unidade do município e resolver o problema o mais rápido possível”, disse o diretor-executivo em frente a um grande telão fixo do departamento, onde todos os processos são acompanhados de forma simultânea.

Equipes do Centro de Operações Integradas são responsáveis para tomar as medidas cabíveis para resolver o problema o mais rápido possível. Foto: Rafael Ribeiro / Litoral na Rede

Até o fim de 2024, a Corsan comunicou que vai investir mais de R$ 50 milhões em novas tecnologias. Uma delas, que já está operando na Região Metropolitana de Porto Alegre — que abrange, além da Capital, as cidades de Viamão, Gravataí, Cachoeirinha, Alvorada e Canoas —, é o uso de um satélite israelense que identifica possíveis vazamentos na rede de água tratada. O equipamento foi originalmente concebido para buscar água em Marte.

Rodolfo Fuchs dos Santos, gerente dos Projetos de Perdas da Corsan, informou que o satélite está há 700 quilômetros da Terra. “Este equipamento faz todo o mapeamento e entrega pontos de interesse para investigação acústica, fazendo com que o nosso trabalho seja mais efetivo e eficiente. O trabalho acústico é realizado durante a madrugada quando há pouco barulho, como tráfego de veículos. Se for constatado o vazamento, a equipe de serviço é acionada para o conserto”, explicou ele, ressaltando que o satélite identifica, até 3 metros de profundidade, água potável em contato com o solo.

Na área do Litoral Norte, por enquanto, não há necessidade do uso do satélite. “O Litoral Norte é uma região mais plana, com uma pressão mais estável. É a região com menor índice de perdas. Por enquanto, utilizamos o método convencional que está sendo suficiente”, informou Rodolfo.

Gerente dos Projetos de Perdas da Corsan, Rodolfo Fuchs dos Santos, explicou funcionamento do satélite israelense. Foto: Rafael Ribeiro / Litoral na Rede

A presidente da companhia, Samanta Takimi, destacou as novas tecnologias e investimentos que estão sendo realizados pela Corsan. “São obras que facilitam a nossa vida e fazem com que a nossa entrega seja mais célere. Em nove meses, tivemos inúmeros desafios no abastecimento das cidades em que operamos, mas também já conseguimos destravar investimentos e dar ingresso à universalização nos municípios do litoral”, finalizou.

Investimentos da Corsan no Litoral Norte

A Aegea, controladora da Corsan, destacou alguns dos investimentos realizados na região nos últimos nove meses. São R$ 600 milhões programados no macro esgotamento do Litoral, que possibilitará as ações complementares de universalização da região.

Já foram viabilizados para Capão da Canoa e Xangri-Lá, após acordos homologados na Justiça, 2.223 certidões de habite-se. Em Cidreira, ocorreram melhorias na infraestrutura da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) mitigando impactos ambientais. Já em Tramandaí, a companhia concluiu a obra e iniciou a operação da unidade e o tratamento de esgoto de cerca de 20 mil domicílios.

Outro destaque, elencado pela empresa, é a obtenção de licença ambiental do Ponto 3, que possibilita a construção do Emissário de Esgoto que atende Xangri-Lá e Capão da Canoa. As obras iniciarão neste mês.

Compartilhe

Postagens Relacionadas