Caso Miguel: “Não sabemos quando vamos parar”, diz comandante das buscas

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Sem pistas e sem vestígios, pelo nono dia, a equipe do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), continuou as buscas ao corpo do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de sete anos, que foi morto, em Imbé. A mãe e a sua companheira são investigadas e estão presas. Nesta sexta-feira (06), cães farejadores foram utilizados na tentativa de localizar o cadáver.

Os cães são das raças pastor alemão e boiadeiro australiano da Companhia Especial de Busca e Salvamento (Cebs), treinados para encontrar pessoas vivas e cadáveres. Os animais e a equipe dos bombeiros realizaram buscas desde o início da manhã, às margens da lagoa e do Rio Tramandaí e estiveram também na pousada onde o menino residia com a mãe e a companheira.

No apartamento, um dos cães deu sinal de que um corpo possa ter estado no local. O ponto é onde a mãe teria espancado e matado o menino, antes de jogá-lo no Rio Tramandaí.  Alguns terrenos próximos à pousada foram inspecionadas pelos militares e animais do Cebs e áreas chegaram a ser escavadas. Nada foi encontrado.

Buscas seguem pela praia

O 10ª dia de buscas, neste sábado (07), terá como foco principal a beira mar. Equipes dos bombeiros de Tramandaí, Capão da Canoa e Torres seguirão mobilizadas. Segundo o comandante do Pelotão de Bombeiro Militar de Tramandaí e coordenador da operação, tenente Elísio Lucrécio, a preocupação é com a mudança da corrente marítima, do sentido norte para o sentido sul.

“Isso nos preocupa porque o corpo pode ficar em alto mar e não se sabe onde irá sair. A água do rio e da lagoa esquentaram e isso também possibilidade que o corpo possa emergir com mais rapidez, mas o o mar virando ele nos atrapalha”, explicou o comandante.

Foto: CBMRS

O trabalho não tem prazo para encerrar e todas as possibilidades estão sendo consideradas pelas equipes. “Não descartamos nenhuma hipótese, de qualquer local que seja, onde ele possa ter sido atirado. Nossas buscas seguem pela orla, na beira da praia. Não sabemos quando vamos parar”, disse o tenente.

Caso Miguel

O menino Miguel, de 7 anos.

Miguel dos Santos Rodrigues teria sido jogado no Rio Tramandaí, após ser morto pela mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos. O corpo foi transportado em uma mala com a ajuda da companheira, Bruna Nathiele Porto da Rosa, 23 anos.

As duas mulheres estão presas. A mãe está na Penitenciária Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e a companheira no Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre.

O menino, segundo o delegado de Imbé, Antônio Carlos Ractz Jr., era torturado diariamente pela mãe e pela companheira. Conforme a investigação, Miguel era acorrentado, preso em um armário, não recebia alimentação e não participava das atividades escolares.

O delegado afirma que há as confissões das duas investigadas, além de materiais apreendidos, como uma corrente, dois cadeados e um caderno onde o menino era obrigado a escrever frases ofensivas. Além das apreensões, foi localizado um vídeo, gravado pela companheira, em que aparece o menino preso dentro de um armário e sofrendo ameaças.

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